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Dólar sobe 1% e fecha a R$ 3,57, com ação do BC; na semana, avança 1,3%

Do UOL, em São Paulo

22/04/2016 17h07Atualizada em 22/04/2016 18h03

O dólar comercial fechou esta sexta-feira (22) em alta de 1,07%, a R$ 3,57 na venda. Na semana, o dólar acumulou valorização de 1,31%.

O mercado de câmbio e a Bovespa ficaram fechados na véspera devido ao feriado de Tiradentes. Na quarta-feira (20), o dólar havia fechado em alta 0,12%.

A alta de hoje foi influenciada pela atuação do Banco Central. Investidores também continuavam monitorando o cenário político e dando preferência a estratégias mais defensivas.

"O mercado está respeitando o BC e usando de cautela, por causa do quadro político", afirmou o superintendente regional de câmbio da corretora SLW, João Paulo de Gracia Corrêa, à agência de notícias Reuters.

Dia de poucos negócios

"Hoje deve ser um dia de poucos negócios, espremido entre o feriado e o fim de semana", disse Corrêa.

"É um dia morto, entre o feriado e um fim de semana. Acaba sendo um dia em que muitos players estão fora", disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo, acrescentando que, neste cenário, a atuação do BC conseguiu manter a cotação da moeda.

Atuação do BC

O BC vendeu nesta manhã todos os 20 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura, que ofereceu em leilão.

A autoridade monetária vem atuando pesadamente no mercado por meio desses instrumentos há semanas.

Cenário político

A presidente Dilma Rousseff participou, mais cedo, de evento na Organização das Nações Unidas (ONU), onde dedicou praticamente todo o discurso a questões ambientais. Em seu discurso, fez referência ao "grave momento" vivido pelo Brasil e agradeceu a líderes internacionais que manifestaram solidariedade a ela em meio à tramitação do processo de impeachment no Congresso.

A cautela do mercado com a situação política reflete a expectativa por nomes que podem formar a equipe econômica do vice-presidente Michel Temer caso o impeachment se concretize. Percepções de que Temer estaria enfrentando dificuldades para montar seu time têm causado alguma apreensão no mercado local.

(Com Reuters)