Dólar cai 1% no dia, mas sobe 1,8% na semana e fecha a R$ 3,503
O dólar comercial fechou esta sexta-feira (6) em queda de 1,04%, cotado a R$ 3,503 na venda. Na véspera, a moeda norte-americana havia ficado praticamente estável, com leve baixa de 0,01%.
Apesar da queda no dia, o dólar encerra a semana com alta de 1,83%. No ano, a moeda acumula desvalorização de 11,27%.
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Emprego nos EUA e petróleo
O dólar passou a cair ainda pela manhã, após o governo norte-americano informar que a abertura de vagas no país em abril foi a menor em sete meses.
Os dados apontam para sinais de fraqueza na economia dos Estados Unidos, o que levanta dúvidas sobre a possibilidade de o Federal Reserve (Fed, banco central do país) elevar os juros antes do fim do ano.
Juros mais altos nos EUA podem atrair para lá recursos aplicados em mercados onde as taxas são maiores, como o Brasil.
Outra influência na cotação da moeda norte-americana foi o avanço dos preços do petróleo no exterior. O barril do petróleo Brent, referência para o mercado, fechou em alta de 0,8%, enquanto o petróleo nos Estados Unidos (WTI) subiu 0,77%.
Sem atuação do BC
Também influenciou o dólar a falta de atuação do Banco Central no mercado de câmbio. Pelo terceiro dia seguido, o BC não fez leilões de swap cambial reverso, equivalente à compra futura de dólar.
Muitos operadores acreditam que o BC não quer deixar o dólar ir abaixo de R$ 3,50 para não prejudicar as exportações e, consequentemente, as contas externas do país.
Crise política
Investidores continuam de olho no cenário político e no andamento do pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Nesta tarde, os senadores da comissão do Senado que analisa o pedido de impeachment aprovaram o parecer que pede a abertura do processo.
Com isso, a votação sobre o afastamento da presidente deve acontecer na próxima quarta-feira (11).
Na véspera, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou novamente a nota do Brasil, citando a dificuldade do governo em equilibrar as contas públicas. O país fica duas notas abaixo do chamado grau de investimento, ou seja, abaixo do "selo de bom pagador".
(Com Reuters)
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