Bolsa sobe 1,8% e tem maior alta do governo Temer; Estácio salta 23,7%
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou esta quinta-feira (2) com alta de 1,78%, a 49.887,24 pontos. É o segundo avanço seguido da Bovespa e também a maior alta percentual diária no governo do presidente interino, Michel Temer (PMDB), que teve início em 12 de maio.
Com isso, a Bolsa acumula valorização de 1,7% na semana. No ano, a alta acumulada é de 15,08%.
A alta do dia foi puxada, principalmente, pelo desempenho positivo das ações da Petrobras, da mineradora Vale e dos bancos. Essas empresas têm grande peso sobre o Ibovespa. As ações da Estácio também saltaram mais de 23%.
Na véspera, o índice havia subido 1,12%.
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Cenário político
Medidas políticas influenciaram o movimento da Bolsa nesta sessão. A Comissão Especial do Impeachment no Senado reduziu em 20 dias o prazo para a tramitação do processo contra Dilma Rousseff no colegiado. Dessa forma, a votação final do caso pode acontecer ainda em julho.
Na madrugada desta quinta-feira, a Câmara dos Deputados aprovou o reajuste dos salários de diversas categorias do setor público com apoio do governo interino de Michel Temer, um impacto bilionário no Orçamento.
Além disso, Câmara também aprovou em primeiro turno a DRU (Desvinculação de Receitas da União), que amplia e prorroga até 2023 o mecanismo que permite ao governo gastar livremente parte de sua arrecadação.
Estácio salta 23,73%
A maior alta do dia no Ibovespa foi da Estácio Participações (ESTC3), que saltaram 23,74%, a R$ 13,71. A segunda maior alta foi da Kroton (KROT3), que subiu 13,56%, a R$ 12,73.
Os papéis das duas empresas do setor de educação dispararam após a Kroton anunciar que está avaliando a compra da rival Estácio em uma operação que envolveria apenas ações das duas companhias.
Se confirmado o negócio, seria criado um grupo com cerca de R$ 22 bilhões em valor de mercado. O Conselho de Administração da Estácio deve se reunir ainda nesta semana para discutir a proposta não solicitada da Kroton.
Petrobras sobe 2,8%
As ações ordinárias da Petrobras (PETR3), com direito a voto em assembleia, avançaram 2,79%, a R$ 10,70.
As ações preferenciais (PETR4), que dão prioridade na distribuição de dividendos, ganharam 2,69%, a R$ 8,40.
Nesta manhã, o novo presidente da estatal, Pedro Parente, tomou posse no cargo. Os papéis também foram influenciados pela alta dos preços do petróleo no mercado internacional.
Vale ganha 3,6%
As ações ordinárias da Vale (VALE3) ganharam 3,6%, a R$ 14,95, e as ações preferenciais da Vale (VALE5) tiveram alta de 3,35%, a R$ 11,72.
Os papéis da empresa foram influenciados pela notícia do jornal "Valor Econômico" de que o governo do presidente interino Michel Temer planeja tirar Murilo Ferreira da presidência executiva da mineradora.
Bancos avançam
As ações do Bradesco (BBDC4) avançaram 3,23%, a R$ 23,95.
As ações do Itaú Unibanco (ITUB4) subiram 1,12%, a R$ 29,80, e as ações do Banco do Brasil (BBAS3) se valorizaram 1,99%, a R$ 16,90.
Dólar fica quase estável, a R$ 3,588
No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou praticamente estável, com leve queda de 0,01%, cotado a R$ 3,588 na venda. Na véspera, a moeda norte-americana havia caído 0,68%.
Com isso, o dólar acumula desvalorização de 0,65% na semana. No ano, a queda acumulada é de 9,13%.
Bolsas internacionais
Das seis principais Bolsas de Valores da Europa, três fecharam em queda e apenas a Bolsa da Espanha registrou alta. Os mercados de Portugal e da Alemanha ficaram praticamente estáveis.
- Espanha: +0,46%
- Alemanha: +0,03%
- Portugal: -0,01%
- Inglaterra: -0,1%
- França: -0,21%
- Itália: -0,24%
Das sete principais Bolsas da Ásia e do Pacífico, quatro fecharam em alta e três caíram. A Bolsa do Japão registrou a maior queda diária em um mês, afetada pela valorização de sua moeda.
- Hong Kong: +0,47%
- China: +0,4%
- Cingapura: +0,16%
- Coreia do Sul: +0,12%
- Taiwan: -0,48%
- Austrália: -0,83%
- Japão: -2,32%
(Com Reuters)
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