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Bovespa cai 3,25%, maior queda em 2 meses; Bradesco tomba quase 9%

Do UOL, em São Paulo

10/11/2016 18h32

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou esta quinta-feira (10) em queda de 3,25%, a 61.200,96 pontos. É a segunda baixa seguida da Bovespa, que havia caído 1,4% na véspera.

Essa é a maior queda percentual diária em dois meses. Em 9 de setembro, a Bolsa teve baixa de 3,71%. Também é o menor nível desde 13 de outubro, quando fechou a 61.118,58 pontos.

As ações do Bradesco tombaram quase 9%, enquanto Petrobras e Banco do Brasil despencaram mais de 6%. Essas empresas têm grande peso sobre o Ibovespa.

Por outro lado, os papéis da mineradora Vale dispararam mais de 8% e as ações da Suzano Papel e Celulose saltaram mais de 13%.

Dólar dispara 4,73% e fecha a R$ 3,361

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em alta de 4,73%, a R$ 3,361 na venda. É o maior ganho diário desde 22 de outubro de 2008, quando o dólar havia disparado 6,39%. 

É também o maior valor de fechamento desde 7 de julho deste ano, quando a moeda havia fechado a R$ 3,366 na venda. 

Com isso, a moeda norte-americana acumula alta de 4,03% na semana. No mês, tem valorização de 5,37% e, no ano, perdas de 14,86%. Na véspera, a moeda norte-americana havia subido 1,33%. 

Contribuíram para a alta de de hoje preocupações sobre o futuro político do presidente Michel Temer, a ausência do Banco Central no mercado de câmbio e a cautela de investidores por conta da vitória de Donald Trump nos Estados Unidos.

Bancos 

As ações do Bradesco (BBDC4) tombaram 8,92%, a R$ 29,01. Pela manhã, o banco informou que teve lucro líquido de R$ 3,236 bilhões no terceiro trimestre, queda de 21,5% na comparação com o mesmo período de 2015.

As ações do Banco do Brasil (BBAS3) caíram 6,41%, a R$ 25,53. O BB informou que registrou lucro líquido de R$ 2,246 bilhões no terceiro trimestre, queda de 26,6% em relação a igual período de 2015.

As ações do Itaú Unibanco (ITUB4) perderam 4,98%, a R$ 35,10.

Petrobras 

As ações preferenciais da Petrobras (PETR4), que dão prioridade na distribuição de dividendos, despencaram 6,91%, a R$ 15,50.

As ações ordinárias da Petrobras (PETR3), com direito a voto em assembleia, perderam 4,99%, a R$ 17,34.

O desempenho da estatal foi influenciado pela queda nos preços do petróleo no mercado internacional. Após o fechamento dos mercados, a companhia deve divulgar o balanço financeiro do terceiro trimestre.

Vale 

No sentido oposto, as ações preferenciais da Vale (VALE5) dispararam 8,21%, a R$ 24,90, enquanto as ações ordinárias da Vale (VALE3) avançaram 7,48%, a R$ 26,87.

Os papéis da empresa foram influenciados pela alta nos preços do minério de ferro na China.

Papel e Celulose

As empresas do setor de papel e celulose tiveram fortes ganhos influenciadas pela alta do dólar nesta sessão.

As ações da Suzano Papel e Celulose (SUZB5) saltaram 13,57%, a R$ 12,05. Foi a maior alta do Ibovespa no dia.

As ações da Fibria (FIBR3) ganharam 11,12%, a R$ 28,28, e as units (conjunto de ações) da Klabin (KLBN11) se valorizaram 5,78%, a R$ 16,30.

Gol

Fora do Ibovespa, as ações da Gol (GOLL4) despencaram 17,63%, a R$ 5,98. Os papéis da companhia aérea foram influenciados pela disparada do dólar.

Bolsas internacionais

As principais Bolsas de Valores da Europa fecharam em queda, com exceção da Itália, que ficou quase estável:

  • Portugal: -1,74%
  • Espanha: -1,63%
  • Inglaterra: -1,21%
  • França: -0,28%
  • Alemanha: -0,15%
  • Itália: +0,03%

As Bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam em alta. A Bolsa da China foi ao maior nível em 10 meses:

  • Japão: +6,72%
  • Austrália: +3,34%
  • Taiwan: +2,34%
  • Coreia do Sul: +2,26%
  • Hong Kong: +1,89%
  • Cingapura: +1,58%
  • China: +1,36%

(Com Reuters)