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Dólar a R$ 3,70 é o maior desde março/16; Bolsa tem pior queda em 1 ano

Do UOL, em São Paulo

17/05/2018 17h05Atualizada em 17/05/2018 19h08

O dólar comercial fechou esta quinta-feira (17) em alta de 0,62%, cotado a R$ 3,701 na venda. Foi o quinto avanço seguido da moeda norte-americana e o maior valor de fechamento desde 16 de março de 2016 (R$ 3,739). Na véspera, o dólar subiu 0,48%. A Bolsa, por outro lado, teve a maior queda em um ano. (veja a variação do Ibovespa mais abaixo)

Com isso, o dólar para turistas era vendido entre R$ 4,06 e R$ 4,09, no cartão pré-pago, em corretoras de São Paulo. No dinheiro vivo, a moeda variava de R$ 3,87 a R$ 3,90. A pesquisa foi feita por meio do site MelhorCâmbio.com. Os valores já consideram o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial, que tem cotação menor que o dólar das casas de câmbio.

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Bolsa: só 4 ações sobem

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda de 3,37%, a 83.621,94 pontos. É a maior baixa percentual diária em um ano. Em 18 de maio de 2017, a Bolsa caiu 8,8%, após a divulgação de gravações envolvendo o presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista. Na véspera, o índice ganhou 1,65%.

Das 67 ações que compõem o Ibovespa, apenas quatro fecharam em alta nesta sessão.

As ações da Petrobras (-5,26%), do Itaú Unibanco (-5,23%), do Banco do Brasil (-4,64%), do Bradesco (-4,16%) e da mineradora Vale (-0,93%) tiveram fortes quedas. Essas empresas têm grande peso sobre o índice.

Juros no Brasil e nos EUA

O Banco Central manteve a taxa básica de juros (Selic) em 6,5% ao ano. A decisão, anunciada na véspera após o fechamento dos mercados, surpreendeu analistas, que esperavam novo corte para 6,25% ao ano. A manutenção dos juros, que tende a manter a atratividade de aplicações brasileiras, não foi suficiente para despertar o otimismo no mercado.

Investidores têm aumentado suas apostas de que os Estados Unidos vão acelerar o ritmo de alta dos juros este ano, depois de dados firmes sobre a economia do país. Taxas maiores nos EUA podem atrair para lá recursos aplicados hoje em mercados financeiros considerados de maior risco, como o Brasil.

Além disso, o rendimento dos Treasuries (títulos do Tesouro norte-americano) também subiu e se manteve acima de 3%, maior patamar em quase 7 anos, o que aumentou a atratividade da economia dos EUA, considerada a mais segura do mundo.

(Com Reuters)