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Dólar vai a R$ 4,037, mas fecha setembro em queda; Bolsa ganha 3,5% no mês

Do UOL, em São Paulo

28/09/2018 17h12Atualizada em 28/09/2018 17h43

O dólar comercial fechou em alta de 1,07% nesta sexta-feira (28), a R$ 4,037 na venda, após três quedas seguidas. Foi o maior avanço percentual diário em duas semanas, desde 13 de setembro (+1,21%).

Apesar da alta no dia, o dólar encerrou a semana em queda de 0,26%. No mês, acumulou perda de 0,87%, após registrar a maior alta mensal em quase três anos em agosto.

Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda de 0,82%, a 79.342,42 pontos, interrompendo uma sequência de três altas. A Bolsa perdeu 0,13% na semana, mas encerrou setembro com valorização de 3,48%. 

Na véspera, o dólar havia caído 0,79%, a R$ 3,994 na venda, no menor valor de fechamento desde 20 de agosto. A Bolsa havia fechado em alta de 1,71%, a 80.000,09 pontos.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.

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Petrobras e bancos caem

No dia, a Bolsa foi puxada pela queda das ações de empresas que têm forte peso no índice: Petrobras (-1,72%), Itaú Unibanco (-0,85%), Banco do Brasil (-2,77%) e Bradesco (-1,88%).

A maior queda foi registrada pela Via Varejo, dona das Casas Bahia e do Ponto Frio (-9,47%).

Por outro lado, a mineradora Vale ganhou 0,57%, e a concessionária de rodovias CCR teve o maior avanço do dia, de 4,44%. 

De olho nas eleições

O mercado continua sendo afetado pelos desdobramentos da campanha eleitoral para a Presidência da República. Nesta sexta-feira, está prevista a divulgação de uma nova pesquisa do Datafolha. 

O mercado também avalia notícia publicada pela revista Veja de que o candidato Jair Bolsonaro (PSL) foi acusado pela ex-mulher de ocultar patrimônio da Justiça Eleitoral, ter renda mensal acima da declarada e furtar um cofre bancário pertencente a ela, além de declarações polêmicas de seu vice, o general Hamilton Mourão, sobre o 13º salário

Além disso, o ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a conceder uma entrevista ao jornal "Folha de S. Paulo". 

Resultados de pesquisas, notícias sobre candidatos e boatos deixam o mercado financeiro agitado, favorecendo a especulação na Bolsa de Valores e no câmbio.

Cenário externo

No exterior, o dólar subia em relação a outras moedas em dia de um pouco mais de cautela após o governo italiano ter divulgado um orçamento para 2019 com um rombo três vezes maior do que sua meta anterior. 

Atuação do BC

O Banco Central concluiu na véspera a rolagem do vencimento de swap cambial --equivalente à venda futura de dólares-- de outubro e, após o fechamento do mercado, já anunciou o início da rolagem de novembro a partir da próxima segunda-feira (1º).

A oferta será de até 7.700 contratos que, se mantidos até o final do mês, rolarão integralmente o total de US$ 8,027 bilhões em swap que vencem no penúltimo mês de 2018.

(Com Reuters)