Dólar fecha em queda, a R$ 3,734; Bolsa sobe, mas ação da Smiles desaba 40%
O dólar comercial fechou esta segunda-feira (15) em queda de 1,18%, a R$ 3,734 na venda, após duas altas seguidas.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta de 0,53%, a 83.359,76 pontos, interrompendo uma sequência de duas quedas. O destaque negativo da sessão foram as ações da empresa de programas de fidelidade Smiles, controlada pela Gol, que despencaram quase 40%.
Na quinta-feira (11), a moeda norte-americana subiu 0,41%, a R$ 3,779, e a Bolsa caiu 0,91%, a 82.921,08 pontos.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.
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Smiles desaba 39% e perde R$ 2,5 bilhões
As ações da Smiles fecharam o dia em queda de 38,84%, indo de R$ 51,83 para R$ 31,70. Com o resultado, a empresa perdeu cerca de R$ 2,5 bilhões em valor de mercado, de acordo com a agência de notícias Reuters.
O valor de mercado de uma empresa é calculado multiplicando o valor de cada ação pelo total de papéis disponíveis no mercado.
O tombo ocorre depois de a Gol, controladora da Smiles, anunciar uma reestruturação societária para incorporar a empresa à companhia aérea. A companhia de programas de fidelidade foi separada da Gol em 2013.
No domingo (14), ao anunciar a decisão, a empresa aérea disse que o objetivo é cortar custos e melhorar a governança corporativa. Além disso, a Gol afirmou que a mudança é necessária devido à concorrência nos mercados de aviação e de programa de fidelidade nos últimos anos no Brasil.
A decisão da Gol segue movimento semelhante ao anunciado por uma concorrente da empresa de aviação, a Latam. No início de setembro, a Latam divulgou a decisão de fechar o capital da sua operadora de programa de fidelidade, a Multiplus.
Os papéis da Gol fecharam em alta de 4,06%, atrás apenas da Eletrobras (+6,24%) entre os melhores resultados da Bolsa nesta segunda.
Petrobras, Vale e banco sobem
Apesar do tombo da Smiles, a Bolsa subiu no dia, puxada por ações de empresas com forte peso no índice, como a Petrobras (+1,9%), a Vale (+2,11%), e os bancos Itaú Unibanco (+1,16%), Bradesco (+0,53%) e Banco do Brasil (+1,4%).
Eleições
O mercado continua sendo afetado pelos desdobramentos da campanha eleitoral para a Presidência da República. Resultados de pesquisas, notícias sobre candidatos e boatos deixam o mercado financeiro agitado, favorecendo a especulação na Bolsa de Valores e no câmbio.
Investidores aguardam os números da pesquisa Ibope, esperados para esta noite.
O candidato Jair Bolsonaro (PSL) tem a preferência do mercado devido ao perfil liberal de seu principal assessor econômico, Paulo Guedes. A expectativa é de que eles imponham uma agenda de reformas, corte de gastos e ajuste fiscal em um eventual governo. Ao longo do final de semana, Bolsonaro afirmou que pretende votar a reforma da Previdência num eventual primeiro ano de mandato.
Em entrevista divulgada nesta segunda-feira (15), o candidato Fernando Haddad (PT) afirmou que sua meta é gerar em torno de dois milhões de postos de trabalho por ano, totalizando oito milhões em quatro anos, caso eleito.
Cenário externo
No exterior, os mercados reagiam negativamente ao aumento das tensões entre as potências ocidentais e a Arábia Saudita, aos crescentes custos dos empréstimos e ao impacto das tarifas dos Estados Unidos sobre produtos importados.
Atuação do BC
O Banco Central ofertou e vendeu integralmente nesta sessão 7.700 swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 3,85 bilhões do total de US$ 8,027 bilhões que vence em novembro.
Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
(Com Reuters)
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