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Dólar sobe a R$ 3,779; Bolsa e estatais caem no dia, mas avançam na semana

Do UOL, em São Paulo

11/10/2018 17h09Atualizada em 11/10/2018 17h51

O dólar comercial emendou a segunda alta seguida nesta quinta-feira (11), de 0,41%, e fechou valendo R$ 3,779 na venda. Na semana, porém, a moeda acumulou desvalorização de 2,03%. Foi a quarta semana seguida de queda.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda de 0,91%, a 82.921,08 pontos, no segundo recuo seguido. Apesar da perda desta quinta, o índice ganhou 0,73% na semana, a segunda seguida de valorização.

A baixa da Bolsa foi puxada pelas ações de bancos e de estatais, como Petrobras (-2,92%) e Eletrobras (-2,28%). Apesar de caírem no dia, elas tiveram ganhos na semana (leia mais abaixo).

Na véspera, o dólar subiu 1,42%, a R$ 3,764 na venda, e a Bolsa caiu 2,8%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.

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Estatais caem no dia, mas sobem na semana

O resultado da Bolsa foi puxado pela queda das ações de empresas com forte peso no Ibovespa, como a Petrobras (-2,92%), a Eletrobras (-2,28%) e os bancos Itaú Unibanco (-1,19%), Bradesco (-0,59%) e Banco do Brasil (-0,4%).

As ações de estatais tiveram uma semana agitada. Elas vinham disparando na Bolsa até terça-feira (9), mas tiveram uma queda significativa na quarta e na quinta, após declarações do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) sobre limites à privatização da Petrobras e do setor elétrico.

Ainda assim, a Petrobras registrou ganho de 5,55% na semana, e a Eletrobras, de 6,1%.

Pesquisa eleitoral

O mercado também avalia os resultados da pesquisa Datafolha divulgada na noite de quarta (10), a primeira depois do primeiro turno. Ela mostrou Jair Bolsonaro (PSL) com 58% das intenções de votos, e o petista Fernando Haddad com 42%, considerando os votos válidos.

Bolsonaro tem a preferência do mercado devido ao perfil liberal de seu principal assessor econômico, Paulo Guedes, o que gera entre investidores uma expectativa de maior controle dos gastos públicos e de reformas na economia.

Resultados de pesquisas, notícias sobre candidatos e boatos deixam o mercado financeiro agitado, favorecendo a especulação na Bolsa de Valores e no câmbio.

Cautela com exterior

No cenário externo, o dia foi de cautela, com Bolsas de Valores do mundo todo registrando perdas, após forte queda nos mercados dos EUA na véspera.

As preocupações envolvem a guerra comercial entre as principais potências econômicas e a perspectiva de aumento dos juros nos EUA.

O presidente Donald Trump vem criticando o Fed (Federal Reserve, o banco central do país) pelas altas nas taxas de juros, gerando temores de interferência do governo na condução do órgão.

Atuação do BC brasileiro

O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente nesta sessão 7.700 swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 3,465 bilhões do total de US$ 8,027 bilhões que vence em novembro

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

(Com Reuters)