Dólar sobe pelo 5º dia, a R$ 3,918, e tem maior alta em 5 meses; Bolsa cai
O dólar comercial emendou a quinta alta e fechou esta segunda-feira (26) com valorização de 2,49%, cotado a R$ 3,918 na venda. É a maior alta percentual diária desde 14 de junho (+2,64%) e o maior valor de fechamento desde 2 de outubro (R$ 3,935).
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, registrou queda de 0,79%, a 85.546,51 pontos, na segunda baixa consecutiva. É o menor nível de fechamento em duas semanas, desde 12 de novembro (85.524,7 pontos).
Na sexta-feira (23), o dólar subiu 0,41% e fechou a semana com alta de 2,2%, enquanto a Bolsa perdeu 1,43%, com queda semanal de 2,58%.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.
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Gol despenca 7,5%
Entre as maiores quedas do dia do Ibovespa, as ações da companhia aérea Gol despencaram 7,53%, influenciadas pela alta do dólar e dos preços do petróleo no exterior, fatores que pesam no custo do combustível de aviação.
Também fecharam em queda o Banco do Brasil (-1,76%), o Itaú Unibanco (-1,65%), o Bradesco (-1,44%), a mineradora Vale (-0,46%) e as ações preferenciais, com prioridade na distribuição de dividendos, da Petrobras (-0,49%).
Por outro lado, os papéis ordinários da Petrobras, com direito a voto em assembleia, subiram 1,54% nesta sessão.
Preocupações com o exterior
Investidores acompanhavam o cenário externo, após os líderes europeus terem acertado um acordo para o Reino Unido sair da União Europeia e a Itália dar sinais de que pode reduzir sua meta de déficit orçamentário para 2019.
O mercado também seguia na expectativa da ata da última reunião sobre juros do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), que deve ser divulgada na quinta-feira (29). A expectativa é que ela indique se haverá aumento dos juros norte-americanos. Taxas maiores nos EUA podem atrair para lá recursos atualmente aplicados em outras economias, como a brasileira.
Nova equipe econômica
No Brasil, as atenções estavam voltadas para o cenário político. O perfil técnico dos nomes da nova equipe econômica já anunciados pelo próximo governo agrada o mercado, mas há a preocupação de que a falta de experiência dos indicados com o setor público possa dificultar as negociações para a aprovação de reformas, entre elas, a da Previdência.
O mercado considera a reforma das aposentadorias como uma das mais importantes para reduzir os gastos do governo e equilibrar as contas públicas.
Atuação do BC
O Banco Central vendeu nesta sessão 13,6 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 10,2 bilhões do total de US$ 12,217 bilhões que vence em dezembro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
Nesta terça-feira (27), o BC fará uma operação extra de venda de dólares com compromisso de recompra com o objetivo de prover liquidez ao mercado, como é normal nesta época do ano, informou a assessoria de imprensa da instituição.
O BC vai ofertar US$ 2 bilhões em dois leilões de linha, quantidade superior ao montante de US$ 1,25 bilhão que vence no próximo mês, segundo a assessoria.
(Com Reuters)
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