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Bolsa sobe, bate recorde e encosta em 100 mil pontos; dólar cai a R$ 3,792

Do UOL, em São Paulo

18/03/2019 17h13Atualizada em 18/03/2019 19h02

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta de 0,86%, a 99.993,92 pontos. É a maior pontuação de fechamento da Bolsa na história, superando o recorde anterior alcançado na última sexta-feira (99.136,74 pontos). Durante a tarde, o índice chegou a superar os 100 mil pontos, mas não conseguiu manter o patamar até o final da sessão.

O dólar comercial emendou a segunda queda e terminou o dia em baixa de 0,76%, a R$ 3,792 na venda. É o menor valor de fechamento em duas semanas, desde 1º de março (R$ 3,78). O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, se refere ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.

Frigoríficos disparam

As ações dos frigoríficos BRF (4,82%), dono das marcas Sadia e Perdigão, JBS (4,71%), dono da Friboi, e Marfrig (4%) ficaram entre as maiores altas da Bolsa, após a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmar que pretende organizar uma missão para a China para tentar ampliar as exportações de carne suína, bovina e de frango ao mercado chinês.

Petrobras ganha 2%

Também registraram ganhos as ações da Petrobras (2,02%), do Bradesco (0,53%) e do Itaú Unibanco (0,16%). Por outro lado, os papéis do Banco do Brasil (-0,76%) e da Vale (-0,18%) caíram. Essas empresas têm grande peso sobre o Ibovespa.

Mercado espera avanço da reforma

Investidores aguardavam avanços na tramitação da reforma da Previdência. Hoje, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo corre para finalizar o projeto com mudanças na aposentadoria de militares para enviá-lo ao Congresso na quarta-feira (20).

Na semana passada, líderes partidários afirmaram que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) não votará a PEC da Previdência até que a proposta de reforma dos militares chegue ao Congresso.

A reforma é vista pelo mercado como essencial para o governo equilibrar suas contas. Mas, para isso, a proposta enviada ao Congresso não poderia sofrer grandes alterações, na avaliação de investidores.

Brasil e EUA decidem juros nesta semana

O mercado também aguardava a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que definirá a nova taxa básica de juros (Selic) na quarta-feira. Será a primeira decisão do BC sob o comando do seu novo presidente, Roberto Campos Neto.

Na quarta, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) também vai decidir a taxa de juros no país.

"Tanto cá como lá se espera a manutenção da taxa de juros, mas o que realmente está sob observação será a postura adotada pelas instituições mais adiante", afirmou o operador de câmbio da Advanced Corretora, Alessandro Faganello.

Atuação do BC

O Banco Central vendeu nesta sessão todo o lote de 14,5 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda de dólar futuro. Em nove operações realizadas, o BC já rolou o equivalente a US$ 6,525 bilhões. O lote inicial a expirar em 1º de abril é de US$ 12,321 bilhões.

(Com Reuters)

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