Dólar cai pelo quarto dia e fecha a R$ 3,857; Bolsa recua após 3 avanços

O dólar comercial fechou hoje em baixa de 0,5%, na quarta queda consecutiva, cotado a R$ 3,857 na venda. É o menor valor de fechamento em quase duas semanas, desde 21 de março (R$ 3,80).

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, terminou o dia em queda de 0,7%, a 95.386,76, interrompendo uma sequência de três altas.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, se refere ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.

Bancos caem, e Petrobras sobe

Puxaram o índice para baixo as ações dos bancos Banco do Brasil (-0,87%), Bradesco (-1,28%) e Itaú Unibanco (-1,58%), além da mineradora Vale (-1,84%).

Por outro lado, os papéis da Petrobras encerraram o dia com valorização de 1,04%.

Essas empresas têm grande peso no Ibovespa.

Investidores de olho na reforma da Previdência

Investidores acompanharam ao longo do dia declarações de parlamentares e autoridades sobre a tramitação da reforma da Previdência.

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, Felipe Francischini (PSL-PR), afirmou que não vê nenhuma mudança no texto da reforma na comissão.

O relator da proposta na CCJ também afirmou que seu relatório não deve prever alteração em relação ao texto enviado pelo governo.

Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, disse que alguns pontos da reforma devem ser retirados do texto assim que ele chegar à comissão especial que analisará o tema, fase seguinte à avaliação na CCJ.

O deputado afirmou que as mudanças no BPC (Benefício de Prestação Continuada) e na aposentadoria rural "não sobrevivem em hipótese alguma".

Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro terá uma série de encontros com parlamentares com o objetivo de acelerar a tramitação da reforma da Previdência.

A previsão é que o relatório seja apresentado em 9 de abril e o parecer seja votado na CCJ em 17 de abril.

Atuação do BC

O Banco Central vendeu todo o lote de 5.350 contratos de swap cambial tradicional, correspondentes à venda futura de dólares, em leilão de rolagem do vencimento de maio.

(Com Reuters)