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Dólar tem quinta semana de alta e fecha a R$ 3,944; Bolsa cai 0,58% no dia

Do UOL, em São Paulo

10/05/2019 17h17Atualizada em 10/05/2019 17h34

O dólar comercial fechou em queda de 0,23%, cotado a R$ 3,944 na venda. Na semana, porém, a moeda norte-americana acumulou leve avanço de 0,13%, registrando a quinta alta semanal seguida.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda de 0,58%, a 94.257,56 pontos. É o menor nível em mais de três semanas, desde 17 de abril, quando o índice ficou em 93.284,75 pontos. Na semana, o Ibovespa acumulou baixa de 1,82%, no segundo recuo semanal seguido.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.

Negociações entre EUA e China

Apreensões com o embate comercial entre os Estados Unidos e a China continuaram influenciando o mercado brasileiro.

Os ânimos se acirraram entre os dois países nesta semana, depois que o presidente Donald Trump anunciou um aumento de tarifas sobre produtos chineses. A nova cobrança, que passou a valer hoje, subiu de 10% para 25% as tarifas aplicadas sobre um volume de US$ 200 bilhões em importações chinesas.

Em Pequim, o Ministério do Comércio da China disse que "lamenta profundamente" a decisão dos EUA e que deve retaliar, sem dar mais detalhes.

Mais cedo, Trump afirmou que não tem pressa em assinar um acordo com os chineses, e, em seu Twitter, escreveu que aumentar as tarifas traz "muito mais ganhos para o nosso país do que até mesmo um acordo tradicional fenomenal".

Reforma da Previdência

A reforma da Previdência e as expectativas em torno de quanto da proposta original deve sobreviver à tramitação no Congresso continua no foco das atenções do mercado.

Houve poucos avanços, porém, desde o encontro na quarta-feira entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e deputados. Isso fez com que os eventos domésticos tivessem uma influência menor sobre a sessão de hoje no mercado brasileiro.

O texto da Previdência encontra-se atualmente em comissão especial da Câmara dos Deputados, que tem o papel de analisar e fazer eventuais mudanças na proposta do governo. Os líderes do colegiado decidiram por não fechar uma data específica para a votação.

A economia desenhada pelo governo com a reforma é de R$ 1,2 trilhão em dez anos, mas há um consenso entre parlamentares e investidores de que esse montante deve acabar menor antes da aprovação final.

Alguns partidos já decidiram como vão votar na comissão, mas o Centrão, importante bloco parlamentar, deve exigir mudanças no texto para aprová-lo.

BC faz leilão

Na sessão de hoje, o BC vendeu todos os 5.050 swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, com vencimento julho.

Em sete operações neste mês, o BC já rolou US$ 1,768 bilhão, de um total de US$ 10,089 bilhões a expirar em julho. O estoque de swaps do BC no mercado é de US$ 68,863 bilhões.

Na quarta-feira, o BC anunciou a decisão de manter em 6,5% a taxa básica de juros do país, a Selic, pela 9ª vez seguida, em meio ao ritmo lento de recuperação da economia.

Será que a China é mesmo um país comunista?

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