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Dólar cai a R$ 3,855, e Bolsa ganha 0,46%; ações de bancos fecham em queda

Do UOL, em São Paulo

13/06/2019 17h11Atualizada em 13/06/2019 18h02

O dólar comercial fechou o dia em queda de 0,36%, cotado a R$ 3,855 na venda, em meio ao otimismo com a apresentação de relatório da Câmara dos Deputados com mudanças à proposta do governo para a reforma da Previdência.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta de 0,46%, a 98.773,70 pontos.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.

Reforma propõe subir imposto, e bancos caem

Na contramão das principais ações do Ibovespa, os bancos listados na Bolsa fecharam o dia em queda, após o relatório sobre a reforma da Previdência trazer a proposta de aumentar o imposto pago pelas instituições financeiras como maneira de ajudar na arrecadação do sistema.

Os papéis do Itaú Unibanco caíram 1,79%, Banco do Brasil perdeu 1,59% e Bradesco recuou 1,09%.

Já a Petrobras subiu 1,23%, e a Vale, 0,7%. Essas empresas têm grande peso sobre o Ibovespa.

Câmara apresenta mudanças à reforma

O dia foi marcado pela apresentação do parecer do relator da reforma da Previdência, Samuel Moreira (PSDB-SP), na comissão especial da Câmara dos Deputados.

Em seu relatório, Moreira propôs diversas mudanças em relação à proposta original, apresentada pela equipe do presidente Jair Bolsonaro no início do ano. Na avaliação de analistas, entretanto, a economia alcançada não ficou muito distante da inicialmente esperada pelo governo.

Alguns dos pontos retirados pelo relator em seu parecer foram a criação do sistema de capitalização, mudanças no BPC (Benefício de Prestação Continuada) e na aposentadoria rural e a validade automática da reforma para estados e municípios.

Com as alterações, a economia prevista caiu do cerca de R$ 1,2 trilhão estimado pelo governo para R$ 913,4 bilhões, considerado um período de dez anos. Por outro lado, o relatório estima uma receita extra de R$ 217 bilhões decorrentes do fim da transferência de recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) ao BNDES.

"Mesmo com o emagrecimento da reforma, ainda é previsto que a economia seja de R$ 1 trilhão, e o mercado está bem animado", disse o diretor de câmbio do banco Ourominas, Mauriciano Cavalcante, à agência de notícias Reuters. "[O governo] agiu certo, para não esticar mais ainda a aprovação. Vai perder um pouco a economia, mas no longo prazo vai ser saudável."

Em nota distribuída a clientes, a corretora Tullett Prebon Brasil observou que, apesar dos cortes que vieram com o relatório, os pontos retirados já estavam mapeados. Isso ajudou a manter o otimismo de investidores.

Atuação do BC

O Banco Central vendeu todos os 5.050 contratos de swap cambial tradicional ofertados em rolagem do vencimento julho.

Em 31 operações, o BC já rolou US$ 7,828 bilhões, de um total de US$ 10,089 bilhões a expirar em julho. O estoque de swaps do BC no mercado é de US$ 68,863 bilhões.

(Com Reuters)

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