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Bolsa sobe e encerra o semestre com alta de 14,88%; dólar fecha a R$ 3,841

Do UOL, em São Paulo

28/06/2019 17h09Atualizada em 28/06/2019 17h41

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou o dia em alta de 0,24%, a 100.967,20 pontos, no terceiro avanço seguido. Com isso, encerra o primeiro semestre com alta de 14,88%, o melhor resultado para o período desde 2016 (18,86%). Na semana, porém, o índice perdeu 1,02%, interrompendo uma sequência de cinco altas semanais. No mês, a Bolsa acumulou valorização de 4,06%, o melhor resultado desde janeiro (10,82%).

O dólar comercial fechou em alta de 0,21%, cotado a R$ 3,841 na venda, após duas quedas seguidas. Com isso, a moeda norte-americana acumulou desvalorização de 0,9% no primeiro semestre. Na semana, o dólar ganhou 0,45%. No mês, caiu 2,13%, no primeiro recuo mensal desde janeiro (-5,6%).

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.

Acordo Mercosul-União Europeia

O Mercosul e a União Europeia anunciaram hoje um acordo entre os dois blocos econômicos, após 20 anos de negociações.

Segundo estimativas do Ministério da Economia do Brasil, o acordo representará um incremento no PIB do país equivalente a R$ 336 bilhões em 15 anos, com potencial de chegar a R$ 480 bilhões, se forem levados em conta aspectos como a redução de barreiras não tarifárias.

O governo brasileiro estima também que as exportações brasileiras para a União Europeia aumentem em cerca de R$ 384 bilhões até 2035.

Hoje, a União Europeia é o segundo parceiro comercial do Mercosul, que, por sua vez, é o oitavo do bloco europeu.

Reunião do G20

O mercado monitorou hoje o primeiro dia da cúpula do G20, em Osaka, no Japão, com líderes das 20 maiores economias do mundo.

Adotando cautela, investidores aguardam a reunião bilateral prevista para sábado entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, na expectativa de que ambos possam achar uma solução para a guerra comercial.

"Qualquer avanço no sentido de um acordo comercial deverá ter impacto positivo na percepção de risco global", disseram economistas da XP Investimentos em nota.

O presidente Jair Bolsonaro também está em Osaka e se reuniu hoje com Trump para conversar sobre a ideia de um acordo de livre comércio entre os países.

Reforma da Previdência

Investidores estão otimistas em relação ao andamento da reforma da Previdência no Congresso, apesar de ruídos recentes entre Executivo e Legislativo. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reafirmou que votará o texto no plenário da Casa antes do recesso parlamentar.

Ontem, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), demonstraram alinhamento sobre a necessidade da aprovação da matéria.

"As declarações coesas de Davi Alcolumbre em evento que contou com a presença do ministro da Economia, Paulo Guedes, reforçam o otimismo dos investidores quanto à aprovação do texto da comissão especial, com a inclusão dos estados e municípios no regime geral", avaliou a corretora Correparti, em nota.

(Com Reuters)

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