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Dólar opera em alta e é cotado perto de R$ 3,98; Bolsa cai mais de 1%

Do UOL, em São Paulo

12/08/2019 11h06Atualizada em 12/08/2019 15h36

O dólar comercial operava em alta e a Bolsa caía mais de 2% nesta segunda-feira (12). Por volta das 15h30, a moeda norte-americana subia 1,03%, a R$ 3,983 na venda, enquanto o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, tinha baixa de 1,76%, a 102.163,16 pontos. Pela manhã, o dólar chegou a ser negociado acima de R$ 4.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.

Guerra comercial

Investidores estavam cautelosos com o cenário externo. A principal preocupação era com a disputa comercial entre Estados Unidos e China, que demora a encontrar uma solução.

"Essa falta de novidade em relação à tratativa comercial está deixando investidores muito apreensivos. Não sabemos quanto tempo isso vai durar, há preocupação de que essa guerra comercial possa se prolongar e isso está assustando um pouco os investidores", afirmou à agência de notícias Reuters a economista da CM Capital Markets Camila Abdelmalack.

Eleições primárias na Argentina

Também contribuía para o sentimento de aversão ao risco, mais especificamente sobre os países emergentes, o resultado das eleições primárias na Argentina no fim de semana, que apontaram para uma derrota da chapa do atual presidente, Mauricio Macri.

Eleitores argentinos rejeitaram com larga vantagem as políticas econômicas de Macri nas eleições primárias de domingo, colocando em dificuldade suas chances de reeleição em outubro. Investidores veem o candidato de oposição Alberto Fernández --cuja companheira de chapa é a ex-presidente Cristina Kirchner-- como uma perspectiva mais arriscada do que o pró-mercado Macri devido às políticas intervencionistas durante o governo Kirchner.

Reforma da Previdência

No Brasil, o mercado acompanha o avanço da pauta econômica, principalmente a reforma da Previdência no Senado. Na sexta-feira (9), o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que a reforma será aprovada pelo Casa e que eventuais alterações que possam ocorrer na proposta serão viabilizadas por meio de uma chamada Proposta de Emenda à Constituição (PEC) paralela.

(Com Reuters)

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