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Dólar turismo é vendido a R$ 4,66 em corretora de SP; euro chega a R$ 5,16

Ricardo Marchesan

Do UOL, em São Paulo

19/11/2019 13h27Atualizada em 19/11/2019 13h28

Resumo da notícia

  • Valores são para compra das moedas no cartão pré-pago
  • No dinheiro, valor do dólar chega a R$ 4,44, e o do euro, a R$ 4,93, segundo site de pesquisa
  • Dólar comercial operava em alta hoje, após bater recorde na véspera. Cotação é usada para negociações do governo e entre grandes empresas
  • Turista comum sempre paga mais na hora de comprar nas casas de câmbio

O dólar turismo chegava a ser vendido a R$ 4,66 hoje em casas de câmbio de São Paulo, e o preço do euro atingia R$ 5,16.

O dólar comercial operava em alta nesta terça-feira (19), acima de R$ 4,21 na venda. Na véspera, a moeda já tinha ultrapassado o recorde nominal desde o início do Plano Real. Essa cotação é usada para negociações do governo e entre grandes empresas, por exemplo. O turista comum sempre paga mais na hora de comprar nas casas de câmbio. É o chamado dólar turismo.

Em São Paulo, o valor chega a R$ 4,44, com IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) incluso, segundo o site MelhorCâmbio.com, em consulta feita por volta das 13h. Esse valor é para compra em dinheiro. Se for no cartão pré-pago, chega a R$ 4,66, por causa de outras taxas.

O euro, por volta do mesmo horário, chegava a custar R$ 4,93 em dinheiro, com IOF. No cartão pré-pago, a moeda era vendida por até R$ 5,16.

Por que os valores são maiores?

O dólar comercial é utilizado para movimentações financeiras do governo no exterior e empréstimos de brasileiros residentes fora do país, além de ser usado por grandes empresas para a realização de importação e exportação de mercadorias.

Nas casas de câmbio, onde as pessoas comuns compram a moeda, o valor é maior. Ela é vendida para os pequenos compradores, que utilizam o dólar para viajar. O dólar turismo também é usado na conversão dos débitos realizados em moeda estrangeira no cartão de crédito, por exemplo.

Disputa comercial segue no radar

Investidores apontam que a disputa comercial entre China e EUA continua sendo uma das causas da alta do dólar nas últimas semanas.

"Essa incerteza em relação ao futuro e as várias estimativas mostrando o menor crescimento da economia global devido à disputa pioraram o sentimento", afirmou Denilson Alencastro, economista-chefe da Geral Asset, à agência de notícias Reuters.

Com o dólar em níveis recordes, as atenções também se voltam para o Banco Central, com investidores em busca de pistas sobre sua atuação após a moeda ter superado a marca dos R$ 4,20.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, atribuiu nesta terça-feira parte da valorização do dólar à queda da curva longa de juros, o que, segundo ele, faz com que algumas empresas optem por fazer empréstimo em real, em vez de em dólar.

Campos Neto afirmou que o que importa para o BC é como o câmbio afeta a inflação, o que, de acordo com ele, ainda não ocorreu, mas se acontecer "é outra história".

O BC anunciou hoje que vai oferecer até US$ 785 milhões em moeda à vista na quinta-feira, dia em que também disponibilizará até 15.700 contrato de swap cambial reverso e também 15.700 contratos de swap tradicional para rolagem do vencimento em janeiro 2020.

As medidas servem para injetar dólar no mercado e tentar conter a alta da moeda.

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