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Dólar emenda terceira queda e fecha abaixo de R$ 5; Bolsa salta 3,67%

Do UOL, em São Paulo

26/03/2020 17h10Atualizada em 26/03/2020 17h21

O dólar comercial fechou em queda de 0,75%, a R$ 4,996 na venda. Foi a terceira queda seguida, o que não acontecia desde dezembro do ano passado, e a primeira vez que a moeda americana fecha abaixo de R$ 5 desde o dia 13 de março, quando fechou a R$ 4,813.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, subiu 3,67%, a 77.709,66 pontos, terceiro dia de alta. Na semana, o ganho chega a 15,86%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Previsão de PIB zerada

Investidores repercutiam as projeções econômicas divulgadas hoje pelo Banco Central do Brasil. Em seu Relatório Trimestral de Inflação, o BC cortou sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) a zero em 2020. Em dezembro, a projeção era um crescimento de 2,2%. A revisão está associada a impactos econômicos "expressivos" decorrentes da pandemia de coronavírus.

O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), considerado uma "prévia" informal do PIB (Produto Interno Bruto), teve alta de 0,24% em janeiro, na comparação com dezembro. Em relação a janeiro de 2019, o indicador avançou 0,69%.

Balanços empresariais movimentam o mercado

No Brasil, balanços da JBS (JBSS3.SA), Via Varejo (VVAR3.SA) e Embraer (EMBR3.SA) ocupam a atenção dos investidores. O mercado avalia também a decisão da Petrobras (PETR4.SA) de reduzir investimentos em 2020 e adiar pagamento de dividendos.

Desemprego e medidas econômicas no mundo

Notícias vindas dos EUA também agitam o mercado do dólar e de ações pelo mundo todo. O Senado norte-americano aprovou projeto de lei de US$ 2 trilhões para ajudar trabalhadores desempregados e indústrias afetadas pela epidemia do coronavírus, além de fornecer bilhões de dólares para equipamento médico necessário.

Também nos EUA, os pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram para o recorde de 3,28 milhões na última semana, ante 282 mil revisados na semana anterior. A máxima anterior era de 695 mil em 1982.

Além disso, o G20, grupo que reúne os líderes das maiores economias do mundo, anunciou um investimento de US$ 5 trilhões na economia global para enfrentar os efeitos da crise que tem se alastrado pelo mundo.

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