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Bolsa emenda segundo salto, de 3,08%; dólar cai de novo e fecha a R$ 5,228

Do UOL, em São Paulo

07/04/2020 17h04Atualizada em 07/04/2020 17h21

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, emendou a segunda alta, de 3,08%, a 76.358,09 pontos, depois de disparar 6,5% na segunda-feira (6).

O dólar comercial fechou em queda de 1,2%, vendido a R$ 5,228. Foi o segundo recuo seguido. Na véspera, a moeda caiu 0,64%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Otimismo com perspectivas da pandemia

Investidores estavam mais otimistas com as perspectivas de que de que a pandemia de coronavírus possa ter alcançado o seu pico em algumas regiões na Europa e EUA.

Os mercados globais estão mais otimistas em relação ao ritmo de contágio do novo coronavírus, em meio a esperanças de que a pandemia possa estar recuando na Europa e em algumas regiões dos Estados Unidos. A permanência de Luiz Henrique Mandetta no cargo de ministro da Saúde também ajudava o mercado no Brasil.

O número total de casos confirmados de covid-19 na Itália teve o menor aumento diário desde 17 de março na segunda-feira, ressaltando as esperanças de que a doença possa estar recuando graças a uma quarentena nacional introduzida em 9 de março.

Enquanto isso, nos Estados Unidos, os governadores de Nova York e Nova Jersey disseram que seus estados, epicentros da doença no país, estão mostrando sinais iniciais de um "achatamento" do surto.

"Os números que chegam da Europa e dos Estados Unidos, relativos ao crescimento dos infectados com o novo coronavírus estão cada vez menores", disse a Corretora Empiricus em post no Twitter. "Essa notícia tem injetado uma boa dose de ânimo nos mercados."

Mas a recuperação dos mercados não significa o fim da incerteza, segundo a Levante Investimentos. "Esse otimismo tem de ser visto com um grama de cautela", afirmou em nota. "Os líderes europeus permanecem em desacordo sobre como atenuar as consequências econômicas da pandemia. (...) Outra preocupação econômica é a velocidade com que será possível extinguir os bloqueios e "religar" a economia."

Permanência do ministro da Saúde

Enquanto isso, no Brasil, na segunda-feira, notícias de que o presidente Jair Bolsonaro teria decidido demitir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, elevaram as incertezas sobre como o país trataria a crise de saúde.

No entanto, ao final do dia, após reunião ministerial, Mandetta confirmou a permanência no cargo, encerrando especulações em meio à disputa relacionada à estratégia para combater a covid-19.

"A manutenção de Mandetta no cargo deve deixar os investidores mais aliviados e sustentar o bom humor externo", completou a Empiricus.

* Com Reuters

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