Dólar cai no dia, a R$ 5,74, mas salta 5,5% na semana; Bolsa sobe 2,75%
O dólar comercial fechou em queda de 1,71%, vendido a R$ 5,74, após emendar cinco altas seguidas, bater dois recordes nominais e atingir R$ 5,84 na véspera. Mesmo com o recuo no dia, a moeda fechou a semana com alta acumulada de 5,56%. No ano, o avanço acumulado é de 43,04%.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, teve alta de 2,75%, a 80.263,35 pontos. Na semana, o índice acumulou queda de 0,3%. No ano, a Bolsa tem queda de 30,6%.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Alívio nas tensões entre EUA e China
Após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, abalar os investidores na semana passada, ameaçando impor novas taxas sobre a China, Pequim disse hoje que os dois lados concordaram em melhorar a atmosfera para a implementação da fase 1 de seu acordo comercial.
A notícia acalmou investidores, principalmente depois que Trump e outras altas autoridades norte-americanas culparam a China pela morte de centenas de milhares de pessoas devido à pandemia de coronavírus e ameaçaram ações punitivas, incluindo possíveis tarifas e o afastamento das cadeias de suprimentos da China.
Os EUA divulgaram hoje dados impressionantes sobre o emprego nos Estados Unidos. A economia norte-americana perdeu 20,5 milhões de postos de trabalho em abril, sua queda mais acentuada desde a Grande Depressão, enquanto a taxa de desemprego no país ficou em 14,7%.
Apesar de evidenciarem o enorme impacto econômico das medidas de contenção do coronavírus, os dados ainda vieram melhores do que as expectativas dos mercados. Economistas consultados pela agência de notícias Reuters previam fechamento de 22 milhões de vagas fora do setor agrícola e taxa de desemprego de 16%.
* Com Reuters
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