Dólar sobe 0,65%, a R$ 5,257, após abrir semana em queda; Bolsa cai 0,19%
Após abrir a semana em queda, o dólar voltou a registrar alta hoje, esta de 0,65%, e fechou o dia cotado a R$ 5,257 na venda. O desempenho da moeda americana acompanha a piora no apetite internacional por risco, enquanto a conjuntura política no Brasil ainda preocupa investidores e mantém o real sob pressão.
Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou a terça-feira (14) em queda de 0,19%, aos 116.180,55 pontos — depois de uma forte alta de 1,85% na véspera.
Com os resultados de hoje, o dólar agora acumula alta de 1,65% frente ao real em setembro, enquanto o Ibovespa tem queda de 2,19%. Em 2021, o cenário se repete, com a moeda americana registrando ganhos de 1,32%, e o indicador, perdas de 2,38%.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Política impõe incertezas
Pela manhã, o dólar chegou a registrar queda frente ao real, após o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgar que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,3% em agosto em relação a julho — pouco abaixo da previsão de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de 0,4%.
A tendência, porém, não se sustentou ao longo do dia, em meio a um cenário doméstico que segue impondo incertezas aos investidores.
À Reuters, Alexandre Espirito Santo, economista-chefe da Órama Investimentos, lembrou que 2022 é ano de eleição, o que o torna "especialmente complicado". À medida que o país está muito "rachado" e o pleito se aproxima, com os dois principais candidatos hoje — Lula (PT) e Jair Bolsonaro (sem partido) — já adotando um tom de campanha, "o dólar sobe", acrescentou.
Para o economista, um dólar entre R$ 5,20 e R$ 5,30 é "razoável" para agora, mas a moeda americana pode buscar os R$ 5,50 no ano que vem, em meio a dúvidas sobre como será resolvida a conta dos precatórios (dívidas judiciais da União) e como caminhará a agenda de reformas do governo.
A volatilidade está abrindo [aumentando], e mercado e incerteza não combinam.
Alexandre Espirito Santo, da Órama Investimentos
Petrobras causa ruído
Paralelamente, comentários feitos ontem sobre a Petrobras pelo presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), adicionaram certo ruído à sessão desta terça. No Twitter, ele reclamou dos preços dos produtos derivados de petróleo e cobrou explicações da estatal.
"Tudo caro: gasolina, diesel, gás de cozinha. O que a Petrobras tem a ver com isso? Amanhã [14], a partir das 9h, o plenário vira Comissão Geral para questionar o peso dos preços da empresa no bolso de todos nós. A Petrobras deve ser lembrada: os brasileiros são seus acionistas", escreveu Lira.
Hoje, por volta das 17h25, as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) — com prioridade na distribuição de dividendos — caíam 1,33%, a R$ 25,88.
(Com Estadão Conteúdo e Reuters)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.