Câmara questiona preços da Petrobras e acende alerta para o mercado
Hoje vamos conversar sobre a nova oferta pública da Totvs (TOTS3) para captar recursos e sobre a entrada da Câmara dos Deputados no embate político a respeito dos preços dos combustíveis.
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Confira a seguir a análise de Felipe Bevilacqua, analista e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e análises de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimentos. Este conteúdo é exclusivo para os assinantes do UOL.
Totvs anuncia oferta de ações
A Totvs (TOTS3) anunciou na manhã de ontem (13) que realizará uma oferta pública restrita (follow-on) para captar novos recursos. Grandes bancos, como o BTG Pactual e o Itaú BBA, tentarão colocar as ações no exterior.
O montante levantado será em torno de R$ 1,5 bilhão, considerando a cotação de fechamento da ação de R$ 38,20 em 10 de setembro. Dependendo da demanda, porém, a oferta poderá ser acrescida em até 65% (25,5 milhões de novas ações), totalizando quase R$ 2,5 bilhões.
A Tovts pretende investir os recursos captados em potenciais aquisições que contribuam para a execução da sua estratégia e construção de um ecossistema de tecnologia em três dimensões (Gestão, Techfin e Business Performance).
A notícia é positiva para a Totvs (TOTS3), que vem utilizando sua credibilidade e destaque no mercado para construir de novas avenidas de crescimento, com criação de joint-ventures, parcerias com empresas líderes, aquisições e investimentos em inovações orgânicas.
Além disso, a companhia tem se mostrado boa compradora, conseguindo múltiplos atrativos em suas negociações, como ocorreu recentemente na parceria com a B3.
Vale destacar que a Totvs encerrou o segundo trimestre de 2021 com dívida líquida ajustada superior a R$ 1 bilhão, cerca de 1,8 vezes o Ebitda dos últimos 12 meses, principalmente devido à emissão de quase R$ 1,5 bilhão em debêntures para a conclusão da aquisição da RD Station.
Política de preços da Petrobras entra na pauta da Câmara
A temperatura política da crise causada pelos preços dos combustíveis subiu na noite de ontem (13), com a notícia de que o presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, participará hoje (14) de uma Comissão Geral na Câmara dos Deputados para debater a o papel da estatal. Inicialmente, o encontro ocorreria na Comissão de Minas e Energia, mas o deputado Danilo Forte (PSDB-CE) apresentou requerimento para transferir a sessão para o plenário, com o objetivo de permitir que todos os deputados participem.
O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), deu o tom do clima no Congresso ao declarar em suas redes sociais: "Tudo caro: gasolina, diesel, gás de cozinha. O que a Petrobras tem a ver com isso? O plenário vira Comissão Geral para questionar o peso dos preços da empresa no bolso de todos nós. A Petrobras deve ser lembrada: os brasileiros são seus acionistas."
A notícia e as declarações de Lira são negativas para as ações da Petrobras (PETR3/PETR4). Mostram que, conforme seus lucros aumentam, mais gente passa a questionar o "papel social" da estatal e cresce o risco de uma intervenção política na empresa.
No passado, intervenções políticas levaram a Petrobras a prejuízos bilionários que a transformaram numa das empresas mais endividadas do mundo. É importante lembrar que quando uma estatal tem prejuízos, quem paga a conta é toda a população. A sensação de curto prazo, porém, é a de que os políticos querem ajudar, mesmo que não levem em consideração as consequências de longo prazo.
O desenrolar da Comissão deve ser acompanhado de perto. Vai gerar reais impactos na empresa e em sua política de preço? Haverá alteração nos impostos para abrandar a alta, já que apenas um terço do preço final dos combustíveis fica com a Petrobras?
Uma intervenção na empresa agora pode piorar a crise de confiança por parte dos investidores, tanto brasileiros como estrangeiros, com impactos severos em todos os setores da economia brasileira.
Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.
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