Dólar sobe pela 4ª vez consecutiva, a R$ 5,379; Bolsa também tem alta
O dólar chegou hoje à sua quarta alta consecutiva, esta de 0,66%, e fechou a segunda-feira (27) cotado a R$ 5,379 na venda. É o maior valor alcançado desde 20 de agosto, quando a moeda americana terminou a sessão em R$ 5,385.
O dia foi positivo para o Ibovespa, que subiu 0,27% e encerrou o pregão aos 113.583,01 pontos. Na semana passada, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira já havia acumulado ganhos de 1,65%, interrompendo uma sequência de três semanas seguidas de queda.
Com o desempenho de hoje, o dólar agora soma valorização de 4% frente ao real em setembro e de 3,66% em 2021. Já o Ibovespa registra queda nos dois períodos: de 4,38% no mês e de 4,57% no ano.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Selic frustra mercado
O real registrou hoje o segundo pior desempenho global na sessão, à frente apenas do peso filipino. A moeda brasileira também sentiu o fortalecimento do dólar no mundo, em mais um dia de rali dos rendimentos dos títulos soberanos dos Estados Unidos, movimento que aumenta a competitividade da moeda americana como opção de investimento.
No mercado, a sensação é de que o recente aumento de 1 ponto percentual nos juros básicos da economia (Selic), de 5,25% para 6,25% ao ano, "deixou a desejar", segundo disse à Reuters Sidnei Nehme, economista e diretor-executivo da NGO Corretora — o que ajuda a explicar as recentes altas do dólar.
Para Nehme, a falta de um posicionamento mais duro do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central "frustra a perspectiva do câmbio", uma vez que "o juro equilibrado é o grande antídoto ao preço exacerbado da moeda americana no nosso mercado."
Faltou [ao Banco Central] atitude e efetiva preocupação com o zelo da política monetária, visto que a inflação está amplamente disseminada e se realimenta diariamente.
Sidnei Nehme, da NGO Corretora
Antes da reunião último dia 22, alguns operadores chegaram a apostar em alta de 1,25 a 1,5 ponto percentual na Selic. Mas o presidente do BC, Roberto Campos Neto, minou as perspectivas de aumentos mais agressivos ao dizer, na semana anterior, que a autarquia não reagirá imediatamente a cada dado de inflação que sair.
(Com Reuters)
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