Após três baixas consecutivas, dólar sobe a R$ 5,167; Bolsa cai 1,43%
Após três quedas seguidas, o dólar encerrou o dia hoje em alta de 0,76%, cotado a R$ 5,167 na venda. Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), fechou o dia em baixa de 1,43%, aos 113.528,48 pontos —mesmo assim, a diferença semanal demonstrou estabilidade e a anual subiu 8,31%.
Ante a semana passada, o dólar apresentou redução de 1,44%. No comparado com janeiro, a moeda norte-americana teve baixa de 2,62% e, em relação a 2021, 7,34%.
Apesar da alta de hoje, a moeda norte-americana entrou em sua sexta semana de queda e, este mês, chegou a apresentar os menores valores de venda desde de setembro de 2021.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Baixa no Ibovespa
As tensões entre a Rússia e a Ucrânia têm atingido diversos aspectos da política e economia mundial há semanas, mas hoje a ameaça de conflito resultou em uma queda significativa de manhã e de tarde no Ibovespa, que vinha de sete altas consecutivas.
Às 14h15 (horário de Brasília,) o índice apresentava queda de 0,90%, aos 114.145,86 pontos. Ontem, o Ibovespa fechou mais uma vez em alta, com uma variação positiva de 0,31%. A Bolsa de Valores brasileira se encerra em torno das 18h hoje.
Siderúrgicas e mineradoras foram as que mais puxaram o índice para baixo. Entre as mais afetadas estavam a Gerdau, em redução de quase 4%; Usiminas, em queda de 3,6%; 3R Petroleum, em baixa de 3,6% também; e Vale, caindo cerca de 2,55%.
Além do Ibovespa, índices internacionais sofreram queda hoje, devido ao crescente medo de um conflito armado entre a Rússia e a Ucrânia. No início da tarde, o Dow Jones tinha queda de 1,41%, S&P500 apresentou baixa de 1,38% e o Nasdaq teve diminuição de 1,62%.
Cenário doméstico favorável
O enfraquecimento recente do dólar tem sido atribuído por investidores ao patamar elevado da taxa Selic, atualmente em 10,75% ao ano. Um maior diferencial entre os custos de empréstimo de Brasil e grandes economias torna o real mais atrativo para estratégias cambiais de "carry trade", que buscam lucrar com divisas de juro maior.
Nos Estados Unidos, maior economia do mundo e destino considerado bastante seguro para investimentos, os juros reais estão em território negativo, apesar da indicação recente do banco central norte-americano de que começará a elevar as taxas de empréstimo no mês que vem.
Estrategistas do Citi também atribuíram a recente performance positiva da moeda brasileira a leilões da cessão onerosa —de áreas exploratórias de petróleo e gás— no Brasil, que teriam ajudado a impulsionar o ingresso de fluxos estrangeiros no país na primeira metade de fevereiro.
Mas, em relatório desta quinta-feira, os especialistas do credor norte-americano afirmaram que esse comportamento pode não se manter a partir de agora, já que, historicamente, a segunda metade deste mês não é sazonalmente favorável à adoção de novas posições compradas em real.
(Com Reuters)
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