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Criptomoedas sobem no 6º dia de guerra na Ucrânia; bitcoin tem alta de 6%

Do UOL, em São Paulo

01/03/2022 13h43Atualizada em 01/03/2022 14h19

As principais criptomoedas do mundo registraram forte alta nesta terça-feira (1º), depois de despencarem na semana passada quando teve início a invasão da Rússia na Ucrânia. O bitcoin (BTC), por exemplo, subiu 6,18% nas últimas 24 horas, sendo negociado a R$ 225.684,93 (US$ 43.734), depois de chegar à casa dos R$ 185 mil na quinta (24).

Outras moedas digitais operam no mesmo ritmo. Nesta tarde, o Ethereum (ETH) subiu mais de 4% em um dia, enquanto o Tezos (XTZ) acumulou ganhos de 3,2%.

Veja o desempenho das principais moedas digitais no momento em que esta matéria foi publicada:

  • Bitcoin (BTC): R$ 225.684,93 (+6,18%)
  • Ethereum (ETH): R$ 15.175,03 (+4,21%)
  • Tezos (XTZ): R$ 17,85 (+3,2%)
  • Cardano (ADA): R$ 4,98 (+2,84%)
  • XRP (XRP): R$ 4,01 (+2,05%)
  • Litecoin (LTC): R$ 574,30 (+1,58%)

O mercado de criptomoedas, de forma geral, teve uma queda acentuada e repentina na última quinta-feira (24), depois que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou a invasão da Ucrânia pelas tropas russas, aumentando a tensão geopolítica e as incertezas. À medida que os países do Ocidente anunciaram sanções econômicas contra a Rússia, porém, as moedas digitais começaram a se recuperar.

Além disso, com a desvalorização do rublo — que ontem (28) caiu 30% frente ao dólar — e o temor sobre um colapso da economia, cidadãos russos estão recorrendo às criptomoedas. Um levantamento da Kaiko, empresa francesa de pesquisa sobre moedas digitais, mostrou que o volume de negociações de bitcoin em rublo alcançou a máxima em nove meses já na quinta (24), início da guerra contra a Ucrânia.

Governo tenta evitar colapso

Começou a valer a partir desta terça (1º) o decreto que proíbe os moradores da Rússia de transferir dinheiro para o exterior. Além disso, exportadores russos estão obrigados, desde ontem (28), a converter em rublos 80% de sua receita obtida em moeda estrangeira desde 1º de janeiro.

As regras estão em um decreto publicado no site do Kremlin. O pacote é uma tentativa do presidente russo, Vladimir Putin, de conter a desvalorização do rublo e proteger a economia.

Ontem (28), o Banco Central da Rússia já havia anunciado que vai reajustar sua taxa básica de juros em mais de dez pontos percentuais, de 9,5% para 20%, em outra ação para defender a economia e o rublo das sanções aplicadas pelo Ocidente.