Em baixa de 1,02%, dólar fecha a R$ 4,62; Bolsa tem 4º dia seguido de queda
O dólar encerrou esta quarta-feira (20) em baixa de 1,02%, cotado a R$ 4,620 —após ter alta de 0,43% ontem. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), também sofreu desvalorização, de 0,62%, e terminou o pregão aos 114.343,78 pontos —o que configura o quarto dia seguido de perda do índice.
A baixa da Bolsa se deu em meio à expectativa para decisão sobre privatização da Eletrobras. De tarde, foi anunciado que o julgamento da desestatização da Eletrobras no TCU (Tribunal de Contas da União) será novamente adiado.
Como esperado pelo mercado, o ministro do TCU Vital do Rêgo Filho pediu vista, ou seja, mais prazo (60 dias) para analisar o processo "pelo período regimental".
Reação a dados operacionais de Vale, prévias operacionais de varejistas de alimentos e balanço trimestral da Usiminas também movimentaram a Bolsa.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
"Real perde pouco"
A direção da taxa de câmbio no Brasil acompanhava de perto os movimentos do índice do dólar frente a uma cesta de moedas de países ricos, que recuava 0,693% após renovar desde a véspera picos também desde 2020.
O real, porém, tinha desempenho melhor que a média de seus pares emergentes. A melhor relação risco/retorno de ficar comprado em reais explica a dinâmica. Contratos de câmbio a termo de um ano em reais pagam 12,8% ao ano, enquanto no Chile o retorno nominal é de 8,2%; na Colômbia, de 8,7%; e no México, de 9,6%.
Um experiente operador resumiu a situação: "Moedas emergentes perdem muito, real perde pouco. Moedas emergentes ganham um pouco, real ganha muito. É o 'carry' fazendo seu trabalho", disse.
A moeda brasileira lidera com folga o ranking de maiores altas no período anual.
*Com Reuters
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