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5 cuidados para não perder seu dinheiro ao investir em franquias baratas

Larissa Coldibeli

Colaboração para o UOL, em São Paulo

29/04/2016 06h00

Em momentos de crise econômica, o empreendedorismo surge como alternativa ao desemprego ou para ampliar a renda. Nesse cenário, as microfranquias –aquelas com investimento inicial de até R$ 80 mil, segundo classificação da ABF (Associação Brasileira de Franchising)– viram uma opção atraente para empreendedores com capital reduzido, segundo consultores ouvidos pelo UOL.

As microfranquias diferem das franquias convencionais apenas pelo valor do investimento, mas possuem as mesmas obrigações definidas pela lei do franchising (http://zip.net/bytdd2, url encurtada e segura), assim como os mesmos riscos e oportunidades.

“As microfranquias têm resultados proporcionais à sua capacidade de atendimento e vendas e à sua estrutura de custos. Não necessariamente uma microfranquia representará microfaturamento. Dependerá muito da capacidade de trabalho do franqueado e do quanto ele está disposto a se dedicar ao negócio”, diz Claudia Bittencourt, consultora do Grupo Bittencourt, especializado em franquias.

Para Marcus Rizzo, da consultoria Rizzo Franchise, escolher um negócio apenas pelo preço é um risco, principalmente porque, na maioria dos casos, é o próprio franqueado que vai cuidar de toda a operação –da administração a vendas ou execução de serviços.

Abaixo, os especialistas listam cinco cuidados necessários ao escolher uma microfranquia para investir:

1. Pesquise as marcas e os franqueadores

Pesquise marcas - iStock Photo - iStock Photo
Imagem: iStock Photo

Não tome decisões por impulso. Avalie e compare marcas, pesquise o franqueador, inclusive em sites como Reclame Aqui e outros do gênero.

“Todo cuidado é pouco. Há muitas microfranquias mal-estruturadas, em que o franqueador não tem unidades próprias. Dessa forma, ele não tem conhecimento sobre a operação para repassar ao franqueado. O mesmo cuidado vale para microfranqueadoras que têm várias operações: não é possível ser bom em tudo”, afirma.

2. Faça uma autoanálise

Faça uma autoanálise - iStock Photo - iStock Photo
Imagem: iStock Photo

Segundo Claudia Bittencourt, o microfranqueado acaba tendo características que diferem de franqueados que operam negócios maiores e de maior complexidade.

“Para um empresário que vai operar sozinho, liderança pode não ser um aspecto muito importante. Por outro lado, o foco comercial e de vendas deve ser fortíssimo, pois ele será o responsável por fazer o negócio acontecer. É um trabalho árduo que exige muita dedicação. Além disso, ele precisa de disciplina para se dedicar ao negócio sem que haja interferências externas e ser perseverante, não desistir facilmente.”

3. Tenha afinidade com a atividade

Tenha afinidade com a atividade - iStock Photo - iStock Photo
Imagem: iStock Photo

As microfranquias operam, geralmente, apenas com o dono ou com um ou dois funcionários. Por isso é fundamental que o franqueado tenha afinidade com o ramo, de acordo com Rizzo.

 “Muitas das reclamações em microfranquias começam já no treinamento. A princípio, franquia não exige experiência anterior na atividade, mas, se o franqueado tiver alguma, pode ser mais fácil.”

4. Fale com franqueados e ex-franqueados

Fale com franqueados - iStock Photo - iStock Photo
Imagem: iStock Photo

São eles que vão contar como o negócio funciona na prática, segundo Bittencourt.

“Questione sobre o que a franqueadora oferece: treinamentos, manuais de operação, materiais de divulgação, solução de dúvidas. São aspectos essenciais para um negócio ter sucesso. Como a pessoa começa praticamente do zero, formar a primeira carteira de clientes é um superdesafio, e a franqueadora tem que estar junto nesse momento, preparando e orientando o franqueado.”

5. Não invista todo seu dinheiro

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Imagem: iStock Photo

Antes de assinar qualquer contrato, considere o capital que tem disponível e não gaste tudo. Reserve uma parte para ter um fôlego no começo do negócio. Lembre-se de que, além do investimento inicial para entrar no negócio e do capital de giro necessário para manter a empresa funcionando enquanto não começa a dar retorno, há ainda os gastos pessoais ou da família. 

“O ideal é considerar qual será o pró-labore do franqueado logo no início e saber como vai se manter enquanto o negócio está em período de maturação”, diz Rizzo. Isso pode ser feito mantendo uma reserva financeira ou tendo outra fonte de renda.