Fogaça, do MasterChef, lança franquia da lanchonete Cão Véio por R$ 790 mil

O chef Henrique Fogaça, um dos jurados do reality show MasterChef, acaba de lançar a franquia da sua lanchonete, Cão Véio. O negócio tem investimento inicial a partir de R$ 790 mil, com custos de instalação, taxa de franquia e capital de giro. O objetivo é expandir para todo o país, com foco nas capitais e em cidades grandes.

O conceito do negócio é de “gastropub”, um misto de bar e restaurante, com cervejas importadas e artesanais e alta gastronomia. 

"A gente quer levar boa gastronomia para o maior número de pessoas. O Cão Véio tem uma fórmula boa, mais focada em sanduíches e cervejas, e vimos que funcionaria bem se virasse franquia porque entregamos um serviço padronizado de qualidade, tanto nos pratos como no atendimento. E sei que as pessoas têm interesse porque faço muitas viagens pelo Brasil e sempre me perguntam quando vou abrir uma unidade do Cão Véio lá", diz Fogaça.

A franquia foi estruturada a partir da unidade de São Paulo, inaugurada em 2013. O faturamento médio mensal é de R$ 200 mil, com margem de lucro de 15% a 20% (de R$ 30 mil a R$ 40 mil). O retorno do investimento é previsto entre 18 e 24 meses. Os dados são da Global Franchise, consultoria que formatou a franquia.

Sanduíches são carro-chefe

O cardápio do Cão Véio tem porções, pratos como costela suína e hambúrgueres. O ambiente tem clima intimista, com decoração temática canina e trilha sonora rock’n’roll. Os sanduíches são o carro-chefe.

Segundo o chef, um dos sanduíches preferidos dos clientes é o Fila Brasileiro, que custa R$ 30, e vem com filé mignon empanado, queijos gruyére e gorgonzola e tomate picante.

Um dos itens mais baratos é o Bom pra Cachorro, R$ 24, uma porção de bolinho de arroz, pimenta dedo de moça e parmesão com tomate picante.

Um dos mais caros é o Bull Terrier, que custa R$ 40, e é um sanduíche com almôndega de kobe gratinada e recheada com queijo gruyére e servida no molho de tomate no pão.

Fogaça vai treinar chefs

A meta é abrir três unidades no primeiro ano e chegar a 32 franquias em 10 anos, Felipe Di Mauro, consultor da Global Franchise, que formatou a franquia. “Não queremos uma expansão descontrolada, até porque o chef vai acompanhar as inaugurações e os treinamentos. Os franqueados terão suporte da equipe que já trabalha na unidade de São Paulo.”

Di Mauro diz que o ideal é que o franqueado tenha experiência em gestão. Fogaça também quer que a pessoa se identifique com o negócio.

"Procuramos pessoas que curtam o estilo, que vivam isso. Queremos pessoas com paixão pela comida, porque a paixão só pelo dinheiro não sustenta negócio algum. Por isso, na pré-seleção, queremos conhecer a pessoa, saber quem ela é e se ela combina com o estilo da casa. Mas acho que o perfil do Cão Véio, como é bem específico, faz uma seleção da galera", diz o chef.

Fogaça não é o único sócio famoso do Cão Véio. Fernando Badauí, vocalista da banda CPM 22, também é dono, ao lado do promoter Kichi. Fogaça também tem outros negócios: o restaurante Sal Gastronomia e o bar Admiral’s Place, ambos em São Paulo.

Crise pode atrasar retorno do investimento

Para a consultora especializada em franquias Ana Vecchi, da Vecchi Ancona, o valor do investimento inicial pode parecer alto à primeira vista, mas está de acordo com a proposta do negócio.

"Tem um perfil mais gourmet, é para um cliente mais seleto, que exige uma certa qualidade. É um valor real para a realidade atual do mercado", afirma. 

Ela diz, no entanto, que, pelo momento econômico difícil, o retorno do investimento pode demorar mais, dependendo do local. "Isso exige um cuidado maior na seleção das praças e dos pontos", declara.

Para ajudar os empresários do setor a driblar a crise, o Sebrae criou uma cartilha com dicas como substituir ingredientes caros e se associar a outros estabelecimentos. 

Onde encontrar:

Cão Véio: www.caoveio.com.br

Global Franchise: www.globalfranchise.com.br