Quer criar negócio inovador em 2017? Veja 7 tendências em start-ups
O número de start-ups (empresas iniciantes de tecnologia) no Brasil atingiu a casa dos 4.200 e não para de crescer, segundo a ABStartups (Associação Brasileira de Startups). Nem a crise econômica e política impediu o crescimento do setor, afirma o diretor executivo da associação, Rafael Ribeiro.
A pedido do UOL, ele listou sete tendências de negócios para start-ups em 2017. Entre os destaques, estão as "fintechs", empresas que atuam com novas tecnologias financeiras. "As start-ups de finanças são as preferidas dos investidores e ainda há muito espaço a se explorar nesse setor", declara.
Há oportunidades também no segmento chamado "online to offline": que usa canais online para oferecer serviços offline, ou seja, no mundo real. Um exemplo é o Uber.
Veja a seguir as sete tendências em start-ups, de acordo com o diretor executivo da ABStartups:
1. Finanças
É um dos setores que mais fez sucesso em 2016 e continuará em alta. As "fintechs" chegaram para revolucionar a área financeira e já causam dores de cabeça nos grandes bancos, que ainda não sabem direito lidar com esse novo fenômeno, afirma Ribeiro.
"Soluções que eliminem as burocracias de um banco, que tragam educação financeira, diminuição de juros e possibilidades de investimentos são algumas oportunidades da área."
2. Sustentabilidade
Problemas relacionados à poluição, falta d'água, desperdício de alimentos, acúmulo de lixo, entre outros, podem virar oportunidade de negócio para start-ups de sustentabilidade. "Trabalhar com novas formas de energia ou com a economia dela é um nicho interessante", diz.
As "agtechs", start-ups voltadas ao agronegócio, fazem parte deste grupo e também devem se destacar em 2017. "É fundamental que as empresas estejam alinhadas à necessidade de não agredir o meio ambiente, pois esse é um fator levado em conta por investidores, produtores rurais e também pelo consumidor final", declara Ribeiro.
3. Nutrição e Saúde
Em uma sociedade cada vez mais preocupada com bons hábitos alimentares e atividades saudáveis, surgem oportunidades para start-ups que atuem na área de nutrição e saúde.
"Há um amplo mercado a ser explorado, que vai desde aplicativos que ajudam o consumidor a manter hábitos saudáveis, que conectam profissionais de saúde com seus pacientes, ou até serviços para outras empresas, como produtos altamente tecnológicos para uso na medicina, por exemplo", diz o diretor da ABStartups.
4. Internet das coisas
O tema pode ainda parecer distante da nossa realidade, mas a internet das coisas (ter objetos da vida cotidiana conectados à internet) já está presente em áreas como indústria, varejo e saúde. Por meio das start-ups, o conceito deve se popularizar em 2017 e chegar até as casas e escritórios, segundo Ribeiro.
"A ideia é que processos como controle de temperatura, energia e segurança se tornem inteligentes e automatizados. Além de gerar praticidade, a internet das coisas também vai trazer economia aos usuários por usar os recursos com mais eficiência."
5. Inteligência artificial
Por muito tempo, a inteligência artificial foi exclusividade de grandes empresas de tecnologia. Em 2016, o cenário ficou mais acessível e as start-ups também passaram a fazer parte desse mercado. A expectativa é que, em 2017, as soluções de inteligência artificial se multipliquem, principalmente porque novos profissionais estão sendo preparados para lidar com essa área, diz o diretor da ABStartups.
"É possível atuar em diversos setores, como em ambiente, ao prever desastres naturais, por exemplo; no atendimento, caso dos assistentes virtuais; no marketing, prevendo hábitos de consumo; e onde mais for possível gerar aprendizado às maquinas. É um universo muito amplo e cheio de possibilidades."
6. "O2O" ("online to offline")
O termo "O2O" significa "Online to offline" e é aplicado às start-ups que usam canais online para oferecer produtos e serviços no mundo real, como o Uber e o AirBnb. O setor cresce em ritmo acelerado e vem mudando a rotina dos consumidores.
"Se pararmos para pensar, há dois ou três anos poucos tinham o hábito de pedir comida ou chamar um táxi por meios online. Essa prática tende a crescer neste ano e se popularizar em nichos específicos, trazendo mais facilidade para tarefas cotidianas", afirma Ribeiro.
7. Parcerias com grandes empresas
Foi-se o tempo em que a relação entre grandes empresas e as start-ups era de oposição. As grandes corporações agora investem em parcerias e até na aquisição de empreendimentos inovadores. Essas empresas hoje participam e organizam eventos para buscar entender melhor esse universo.
"As grandes empresas viram que vale mais a pena ter as start-ups por perto do que lutar contra elas. Esse movimento tende a crescer em 2017 e é ótimo para o fortalecimento do mercado", declara o diretor da ABStartups.
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