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Quer ter o próprio negócio em 2018? 7 dicas para começar com o pé direito

Getty Images/iStockphoto
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Patrícia Büll

Colaboração para UOL, em São Paulo

26/12/2017 04h00

O fim do ano costuma trazer uma série de reflexões, inclusive sobre a possibilidade de mudar de emprego ou abrir sua própria empresa. Para quem escolher a segunda opção, é bom lembrar que começar um negócio exige preparação e planejamento.

Os especialistas são unânimes em dizer que todo novo empreendedor deve, antes de tudo, conhecer o negócio com o qual pretende se envolver.

“É absolutamente fundamental ter afinidade com a atividade que pretende empreender”, afirma Marcus Rizzo, diretor da Rizzo Franchinsing.

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O presidente do CRC-SP (Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo), Gildo Freire de Araújo, afirma também que é importante ter um planejamento financeiro e um plano de negócios.

Para o consultor e especialista em investimentos do banco Ourinvest Mauro Calil, é preciso estar consciente sobre alguns “mitos” que rondam o negócio próprio.

Muitos empresários idealizam um negócio, mas no dia a dia é diferente. Ele precisa ter consciência que não vai sair vendendo a todo momento, nem que vai trabalhar menos do que quando era empregado. Ao contrário: empreender no Brasil requer muito suor.

Mauro Calil, consultor e especialista em investimentos

O UOL reuniu sete dicas e cuidados para futuros empreendedores começarem com o pé direito.

1) Prefira negócios que combinem com você

Escolha o negócio pela afinidade e não só pelo valor do investimento inicial. Quem faz aquilo que gosta e conhece tem mais chances de se dar bem. Por exemplo, para quem atua na área de alimentação e decide abrir um restaurante, a chance de prosperar é maior.

2) Começar do zero ou abrir uma franquia?

Se você já trabalhou como empregado em um determinado segmento e conhece bem esse setor, pode pensar em abrir um negócio próprio, começando do zero. Para que não tem esse conhecimento, mas mesmo assim se identifica com a atividade, vale optar por comprar uma franquia, diz Rizzo.

3) Faça cursos

Mesmo que tenha afinidade e conhecimento da atividade que escolheu, é importante buscar cursos de capacitação, como os oferecidos pelo Sebrae, por exemplo.

Tenha em mente que ser empresário é diferente de ser empregado. “O empregado desliga da empresa quando vai para casa, o empreendedor precisa ter soluções, estar presente a todo momento”, diz Calil.

4) Tenha um plano de negócio

É fundamental ter um plano de negócios. Pesquisa do Sebrae aponta que 33% dos novos negócios não conseguiram completar dois anos de atividade em 2016.

A consultora de marketing da SEO Marketing Nayara Zonta compara o plano de negócios a um planejamento de férias, no qual a pessoa decide o lugar, traça a melhor rota, pensa nos dias da chegada e saída e confere os valores.

“Com uma empresa deveria acontecer o mesmo”, afirma ela, listando a importância de definir o valor do investimento, os objetivos a alcançar, a estratégia de venda, o número de funcionários e o prazo de retorno.

5) Fique de olho nos impostos

Ter uma assessoria de profissionais especializados em gestão tributária e financeira ajuda na escolha de qual regime tributário é o mais adequado para a atividade.

Segundo o presidente do CRC-SP, é isso que define a carga de impostos que o empresário vai pagar.

“Um profissional de contabilidade tem capacidade para definir qual modelo a empresa vai se enquadrar para ter menor carga tributária, sem, contudo, sonegar ou fraudar o Fisco”, diz Araújo. Essa decisão deve ser tomada antes de o futuro empreendedor iniciar formalmente o negócio.

6) Não confunda faturamento com lucro

É do faturamento que saem todos os custos variáveis, como salário de funcionários, pagamentos de impostos e de fornecedores, por exemplo. Aquilo que sobra é o lucro.

Daí a importância de ter esses custos muito bem controlados, diz o consultor Calil. 

7) Tenha contas separadas

Separe a conta bancária da empresa da sua conta pessoal. Dessa forma, o empreendedor consegue ter um “salário”, como um empregado, e adequar a sua vida a esse valor. “Se não fizer isso, a empresa não cresce”, diz Calil.

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