Montadoras cortam 12,4 mil vagas em 2014, sendo 1.500 só no fim do ano
Os fabricantes de veículos, mais as fábricas de tratores agrícolas, cortaram 12,4 mil postos de trabalho no ano passado. O dado faz parte de balanço divulgado nesta quinta-feira (8) pela Anfavea, entidade que representa as montadoras.
Só na passagem de novembro para dezembro, foram 1.500 cortes.
Os cortes aconteceram apesar de um acordo feito com o governo para manter a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
O setor terminou 2014 com 144,6 mil trabalhadores empregados. Um ano antes, as montadoras empregavam 157 mil pessoas.
Corte do IPI X empregos
O corte do IPI foi anunciado pelo governo em maio de 2012, entre as medidas para tentar estimular a economia brasileira em meio à crise global. Em contrapartida, as montadoras haviam se comprometido a reduzir preços e a não demitir funcionários.
A proposta do governo era, aos poucos, ir aumentando o imposto, até retornar ao nível original. Isso, no entanto, foi sendo adiado sucessivamente e só voltou ao normal agora, no começo de 2015.
As montadoras alegam que foi cumprido o combinado, uma vez que os cortes foram gerados por programas de demissão voluntária, fechamento de vagas por aposentadoria, fim de contratos temporários e acordos com sindicatos.
A redução do imposto ajudou a manter as vendas de veículos em alta até 2012, mas, nos dois anos seguintes, o setor teve queda nas vendas. A expectativa é de que a tendência se mantenha em 2015.
Demissões e greve na Volks de São Bernardo do Campo
Nesta terça-feira (6), a Volkswagen anunciou um corte de 800 trabalhadores na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, o que deflagrou uma greve por tempo indeterminado na unidade, na tentativa de forçar a montadora a anular as demissões.
A Volkswagen não descarta novas demissões, e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que representa os trabalhadores da empresa, afirma que outros 1.300 funcionários têm seu emprego ameaçado.
(Com agências de notícias)
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