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Montadoras cortam 12,4 mil vagas em 2014, sendo 1.500 só no fim do ano

Do UOL, em São Paulo

08/01/2015 13h04Atualizada em 08/01/2015 13h40

Os fabricantes de veículos, mais as fábricas de tratores agrícolas, cortaram 12,4 mil postos de trabalho no ano passado. O dado faz parte de balanço divulgado nesta quinta-feira (8) pela Anfavea, entidade que representa as montadoras.

Só na passagem de novembro para dezembro, foram 1.500 cortes.

Os cortes aconteceram apesar de um acordo feito com o governo para manter a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). 

O setor terminou 2014 com 144,6 mil trabalhadores empregados. Um ano antes, as montadoras empregavam 157 mil pessoas. 

Corte do IPI X empregos

corte do IPI foi anunciado pelo governo em maio de 2012, entre as medidas para tentar estimular a economia brasileira em meio à crise global. Em contrapartida, as montadoras haviam se comprometido a reduzir preços e a não demitir funcionários. 

A proposta do governo era, aos poucos, ir aumentando o imposto, até retornar ao nível original. Isso, no entanto, foi sendo adiado sucessivamente e só voltou ao normal agora, no começo de 2015. 

As montadoras alegam que foi cumprido o combinado, uma vez que os cortes foram gerados por programas de demissão voluntária, fechamento de vagas por aposentadoria, fim de contratos temporários e acordos com sindicatos.

A redução do imposto ajudou a manter as vendas de veículos em alta até 2012, mas, nos dois anos seguintes, o setor teve queda nas vendas. A expectativa é de que a tendência se mantenha em 2015.

Demissões e greve na Volks de São Bernardo do Campo

Nesta terça-feira (6), a Volkswagen anunciou um corte de 800 trabalhadores na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, o que deflagrou uma greve por tempo indeterminado na unidade, na tentativa de forçar a montadora a anular as demissões.

A Volkswagen não descarta novas demissões, e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que representa os trabalhadores da empresa, afirma que outros 1.300 funcionários têm seu emprego ameaçado.

(Com agências de notícias)