Dívidas, emergência e investimento: o que fazer com o 13º de aposentado
Aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que recebem a primeira parcela do 13º salário a partir desta segunda (26) podem usar o dinheiro extra para resolver problemas financeiros ou realizar algum sonho.
De acordo com Bruno Chacon, da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), o destino desse dinheiro deve respeitar o equilíbrio financeiro de cada um.
"O primeiro passo é saber como está a situação financeira de cada aposentado. A depender disso, há algumas possibilidades do que fazer com o dinheiro", disse ele.
Dívidas
Quem possui dívidas deve pagá-las. A prioridade é de contas básicas, como água e luz. Depois, a dívida que tenha os maiores juros sobre ela. Caso o total não resolva o débito, o aposentado pode guardar o dinheiro e tentar renegociar o valor.
"Há pessoas tão endividadas que precisam pegar o dinheiro, colocar em uma poupança, tentar renegociar a dívida e esperar o restante do pagamento para só então quitar isso", afirmou Chacon.
Reserva de emergência
Além dos endividados, muita gente gasta tudo o que recebe. O dinheiro extra do 13º pode servir para que o aposentado monte uma reserva de emergência para o futuro.
"Esse perfil não tem dívida, mas é o primeiro a se endividar quando ocorre algo fora do esperado. Ele sempre está no zero a zero, e essa renda extra pode ajudar", disse.
O dinheiro pode ser colocado em produtos com saque fácil e diário, como a poupança ou alguns tipos de CDB ou Tesouro Direto, para que, caso necessário, seja fácil utilizá-lo.
Investimento
Para o perfil de equilibrados financeiramente, a renda extra pode ser utilizada para realizar algum desejo de consumo. Para isso, o aposentado pode investir o montante para alcançar o objetivo mais rapidamente.
"Ele deve separar os desejos em curto, médio e longo prazo. Assim, ele consegue planejar os próximos passos sem torrar o dinheiro em qualquer promoção que o atraia", disse o educador financeiro.
Dessa forma, os investimentos devem ser feitos de acordo com o prazo de cada desejo. Para o curto prazo, é indicado CDBs e Tesouro Direto. Para o médio, LCI e LCA, por exemplo, e fundos. Para o longo prazo, o investidor pode pensar em colocar o dinheiro em previdência privada ou tomar mais risco no mercado acionário.
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