Com queda de juros, Santander é pressionado nas redes e corta taxa de fundo
Diante do corte na taxa básica de juros (Selic), anunciado ontem, investidores devem ficar atentos às taxas de administração cobradas por fundos de renda fixa. Uma taxa alta pode comprometer o rendimento e, em casos extremos, até causar prejuízo para o investidor que buscava segurança.
Um fundo de renda fixa do Santander, por exemplo, cobrava uma taxa de administração de 5,5% ao ano, patamar igual ao da Selic. Após um usuário do Twitter chamar a atenção para a cobrança, o banco resolveu nesta tarde reduzi-la para 2,7% ao ano.
O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central cortou ontem a Selic em 0,5 ponto percentual, ao menor nível histórico.
Após a decisão do BC, o perfil "Humor Econômico" criticou no Twitter a taxa de administração cobrada pelo fundo FIC FI Inteligente, do banco Santander. "Nesse ritmo e com a nova Selic, vocês vão inaugurar o 1° fundo de perda fixa do Brasil. Em que o cliente paga para deixar o dinheiro", disse.
O UOL confirmou que o regulamento do fundo previa uma taxa de administração de 5,5% do patrimônio líquido ao ano.
Com a repercussão do tuíte, o Santander se manifestou, dizendo que o fundo não é mais ofertado. Mesmo assim, o banco decidiu reduzir a taxa de administração de todos os fundos da modalidade automática para 2,7% ao ano.
A pressão para a redução das taxas em outros fundos deve continuar. O perfil do Twitter pediu que Santander, Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Caixa revejam as taxas de administração de fundos DI. "Os maiores volumes em fundos DI estão com vocês. Se faz urgente a revisão geral das taxas de administração. "
Taxa não deve passar de 0,4%, diz especialista
Daniel Linger, estrategista da RB Investimentos, afirma que a média da taxa de administração cobrada no varejo por fundos de renda fixa é de 3,06%, o que ele considera muito alta. "Com uma Selic a 5,5%, isso quer dizer que o investidor deixa mais da metade da sua rentabilidade para o gestor do fundo", afirmou.
Ele recomenda que investidores de renda fixa procurem fundos que tenham taxa de administração de até 0,4% ao ano. Outra opção para fugir de altas taxas, disse Linger, é comprar títulos do Tesouro Direto.
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