Com novo corte de juros, onde vale investir? Veja o que dizem especialistas
Resumo da notícia
- BC cortou a taxa básica de juros (Selic) de 6% para 5,5% ao ano
- Analistas dizem que, para ter mais de rentabilidade, será preciso correr um pouco mais de risco
- Renda variável passa a ser opção mais atraente para quem busca ganhos maiores
- Renda fixa não deve ser deixada de lado; é opção para a reserva de emergência
O Banco Central cortou novamente a taxa básica de juros (Selic), para 5,5% ao ano, e a expectativa de analistas é que os juros continuem baixos por mais algum tempo, chegando ao fim de 2020 em 5% ao ano. Nesse cenário, dizem os especialistas, será preciso correr um pouco mais de risco se quiser ganhar mais e diversificar as aplicações, para compensar a rentabilidade mais baixa dos investimentos atrelados à taxa de juros.
Por ora, acabou a fase de multiplicar o dinheiro com a renda fixa. "O conservador estava acostumado historicamente com taxa de juros mais alta, que não tem mais", afirmou Daniel Linger, estrategista da RB Investimentos. "Até pouco tempo, ele dobrava o investimento em seis anos aplicando em títulos públicos. Agora, é preciso 14, 16 anos."
"O investidor que busca um pouco mais de rentabilidade tem que considerar correr um pouco mais de riscos e oscilação", disse Daniela Casabona, sócia-diretora da FB Wealth. Mesmo aqueles com perfil conservador, que não gostam de correr riscos, precisarão estar "mais abertos" a outras opções de investimentos, às quais não estão tão acostumados, segundo Linger.
Os investimentos em renda variável ganham mais visibilidade. E não são só as ações na Bolsa, há outros produtos que podem ser considerados, segundo Henrique Bousquat, estrategista da All Investimentos.
Para investidores de perfil moderado, que estão dispostos a correr algum risco, ele sugere fundos de ações, fundos imobiliários, COE (Certificado de Operação Estruturada) e ETF ("Exchange Traded Fund", em inglês). Também recomenda incorporar à carteira investimentos os multimercados, fundos que podem investir tanto em renda fixa quanto em renda variável, além de moedas (como dólar) e investimento no exterior.
Não abandone renda fixa
Com juros mais baixos, a renda fixa perde rentabilidade, mas o investidor não deve abandoná-la completamente, de acordo com os analistas. "Todo investidor tem que ter uma porção de renda fixa na carteira", afirma Linger.
Para os analistas, a renda fixa é recomendada para a reserva para emergências, caso seja necessário resgatar no curto ou médio prazo. "[A renda fixa deve ser uma] reserva de emergência que, ao extremo, após impostos, vai praticamente empatar com a inflação", afirma Henrique Bousquat. "É o que chamo de caixa, para despesa pessoal."
Daniela Casabona diz que ainda existem boas opções de renda fixa. "Debêntures incentivadas, CDBs, Crédito Privado, juntos na composição do fundo, fazem com que ele renda mais do que como produtos isolados. Isto serve principalmente para o investidor mais conservador, que ainda não se sente confortável em correr riscos e passar pelas volatilidades da renda variável", afirmou.
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