Poupança pode perder da inflação, mas há uma opção tão prática quanto ela?
Resumo da notícia
- Novo corte de juros pode fazer poupança perder para a inflação
- Poupança é atraente pela facilidade e segurança
- CDB e Teouro Direto podem ser opções com características parecidas
- Investimentos do tipo são boas opções para formar reserva de segurança
Investimento preferido do brasileiro, a poupança perde atratividade conforme cai a taxa básica de juros, que atualmente está em 5% ao ano. Com a perspectiva de novo corte do Banco Central ainda neste ano, é possível que ela perca para a inflação. Na prática, isso significaria que o investidor estaria perdendo dinheiro ao deixá-lo na caderneta.
Ainda que não costume trazer grandes retornos, a poupança tem características confortáveis para quem não tem muito conhecimento ou vontade de investir. Ela não apresenta riscos, gerenciar o dinheiro é rápido e fácil e não há cobrança de Imposto de Renda.
Diante desse cenário de juros mais baixos, há alguma alternativa de investimento com características parecidas com a poupança, e que seja mais vantajosa? O UOL consultou especialistas financeiros para responder.
Poupança pode não ser tão ruim
Alexandre Amorim, planejador financeiro e gestor de investimentos da Par Mais, afirma que a poupança não é um investimento tão ruim para formar uma reserva de emergência, por causa da segurança e facilidade para resgatar o dinheiro.
Assim, é aconselhado deixar nela uma parte do seu dinheiro para ser usada quando houver imprevistos. "A poupança é um belo instrumento para isso", afirma.
Amorim não crê que ela chegue a ficar negativa, mesmo com a queda dos juros.
"Devemos ter, talvez, a poupança empatando com a inflação, na pior das hipóteses. O que não torna a poupança ruim. Ela já foi pior em muitos períodos. A poupança já foi mais vilã do que hoje", afirma, citando anos recentes em que a inflação esteve mais alta.
Ele diz, ainda, que grande parte dos produtos de renda fixa hoje no mercado estão rendendo menos do que a poupança, como a maioria dos fundos DI.
Para quem busca uma alternativa de renda fixa que pode ser mais vantajosa, ele sugere algum CDB que tenha rentabilidade igual ou superior ao CDI e com liquidez diária (pode resgatar rapidamente).
A vantagem é que, na poupança, apesar de poder fazer o resgate a qualquer momento, é preciso esperar o aniversário do investimento para receber os rendimentos do mês, o que não acontece no CDB com liquidez diária.
Tesouro Direto como opção
Para Henrique Bousquat, responsável por produtos da ALL Investimentos, "o investidor tem sempre alternativas melhores do que a poupança" e cita o Tesouro Selic como uma delas.
Mesmo no menor prazo de resgate, até 180 dias, quando há maior cobrança de Imposto de Renda, de 22,5%, a tendência é que seja um pouco mais vantajoso que a poupança, segundo ele. E quanto maior o prazo, menor a alíquota cobrada.
Bousquat afirma que a rentabilidade diária também é uma vantagem do Tesouro. "Nesse ponto, a gente tem tranquilidade em dizer que o Tesouro Selic, até por ter rentabilidade diária, é um investimento melhor de forma estrutural do que a poupança."
Para render mais, é preciso correr riscos
Os especialistas, porém, dizem que, se a intenção é ter melhores retornos, a renda fixa não é uma boa opção em tempos de juros baixos. O caminho passa a ser diversificar investimentos, colocando o dinheiro em mais de uma opção, de acordo com seu perfil e objetivos.
A poupança e investimentos de baixo risco, mas com maior liquidez, passam a ser mais indicados para manter a reserva de segurança. Se o objetivo for ter maiores retornos, será necessário correr mais riscos, colocando parte do dinheiro em renda variável, como ações.
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