O que levar na viagem ao exterior: dinheiro, cartão de crédito ou pré-pago?
Resumo da notícia
- Antes de viajar ao exterior, turista deve avaliar prós e contras de opção de meio de pagamento
- Dinheiro é a opção mais em conta, mas tem o risco em caso de furto ou roubo
- Pré-pago permite maior controle de gastos que cartão de crédito, mas ambos pagam mais impostos
Em um ano, o dólar comercial saiu da casa de R$ 3,80 para quase R$ 4,10, e o euro e a libra também subiram. Com isso, os gastos dos brasileiros no exterior caíram na comparação com o ano passado. Ainda assim, os R$ 14,8 bilhões deixados lá fora neste ano por turistas daqui indicam que, sempre que podem, brasileiros viajam para fora do país.
Se você é um dos felizardos que vão conseguir viajar em 2020, em algum momento terá que decidir como pagar por refeições, passeios e compras. É melhor levar dinheiro, cartão pré-pago ou cartão de crédito? Veja abaixo como decidir.
Qual seu perfil de turista?
Antes de apontar os prós e contras de cada opção, vale a pena definir qual é o seu perfil de viajante. Se você não gosta de surpresas e prefere ter uma boa estimativa do orçamento da viagem, o melhor é antecipar ao máximo as despesas, comprando tudo o que for possível antes da viagem.
Frederico Levy, vice-presidente da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), sugere comprar aqui no Brasil ingressos de parques, museus, shows e eventos esportivos. Isso permite saber o valor da despesa em reais e, ainda, parcelar as compras no cartão de crédito.
"Vai que no dia em que você for ao parque o dólar esteja mais alto? Comprando antes, você evita o risco de ver os custos crescerem ainda mais", disse.
Para quem prefere viajar com menos amarras e gosta de definir os passeios no próprio destino, de acordo com o clima no local ou o humor da turma, é melhor deixar para comprar ingressos fora do Brasil.
Dinheiro é mais barato, mas menos seguro
Dinheiro vivo é a opção mais econômica porque paga menos imposto. O IOF (Imposto sobre Operações financeiras) da compra de moeda estrangeira em espécie é de 1,1%, contra 6,38% no cartão. Para cada R$ 1.000 gastos, portanto, a economia é de R$ 52,80.
O problema dessa opção é a segurança. Foi furtado ou perdeu o dinheiro? Não há o que fazer.
Para minimizar os riscos, a sugestão de agentes de viagens é buscar hotéis com cofre. Para os passeios, use roupas com bolsos para carregar o dinheiro necessário ao longo do dia ou recorra à boa e velha pochete. Bolsas dão muita bandeira para ladrões, atrapalham em lugares como parques e podem ser esquecidas em algum restaurante.
Mesmo que decida usar cartão, agentes de viagem recomendam que o turista leve dinheiro vivo para cobrir o correspondente a um quinto dos gastos diários.
Para gastar menos, a dica é comprar o dinheiro aos poucos. "Dessa forma, a tendência é pagar um valor médio do dólar", afirmou o sócio da MelhorCâmbio.com, Alexandre Monteiro.
Cartão pré-pago ajuda a controlar gastos
Além da segurança, as vantagens do pré-pago são o controle dos gastos e a flexibilidade. Como você usa apenas o valor que tiver carregado no cartão, vai ser difícil estourar o limite. Mas se perceber que errou na conta e precisa de mais dinheiro, dá para recarregar o cartão pela internet. Para controlar as despesas, você pode optar por receber notificações sempre que fizer um pagamento.
Se precisar de dinheiro vivo, também é possível usar o cartão para sacar dinheiro em caixas eletrônicos.
O lado negativo é o custo. Além do IOF mais alto, de 6,38%, o cartão pré-pago cobra uma taxa se for feito saque. O valor varia de banco para banco.
Mais seguro, cartão de crédito é menos previsível
O cartão de crédito é outra opção mais segura que dinheiro vivo, pois, em caso de perda ou roubo, você pode simplesmente bloqueá-lo. Dependendo do seu cartão, outra vantagem é participar de programas de fidelidade. As despesas em dólar viram pontos, e podem render milhas para sua próxima viagem.
A principal desvantagem é não conseguir prever o valor dos gastos. Em geral, as compras são convertidas para reais com base na cotação do dia de fechamento da fatura, e não no dia da compra.
Cada administradora de cartão usa sua própria taxa de câmbio. Ou seja, você ficará sujeito à oscilação do câmbio durante esse período, que pode chegar a 30 dias. Em novembro, por exemplo, o dólar comercial oscilou entre R$ 3,99 e R$ 4,27 —uma diferença de 7%.
Atualmente, são poucas as instituições que permitem converter o valor de uma compra no exterior para reais no momento da transação. Essa prática se tornará obrigatória para todos os cartões a partir de março de 2020.
Outro ponto negativo é o IOF de 6,38%, mais caro que o 1,1% cobrado pelo dinheiro vivo.
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