Saiba como investir em obras de Paulo Ricardo, ex-RPM, e clássicos da MPB
Resumo da notícia
- Gestora de recursos lança fundos de investimento em direitos autorais
- Obras de ex-RPM e do compositor João Luiz Avelar são opções
- Retorno líquido projetado é da ordem de 8% ao ano, mas aplicação tem riscos de renda variável
Já pensou em ser sócio do ex-vocalista do RPM, Paulo Ricardo, aquele que fez sucesso nos anos 1980 e até hoje tem hits que tocam nas rádios e aplicativos de streaming ou mesmo shows? Ou ter participação em um acervo com mais de 5.000 obras, incluindo clássicos da MPB, , ou temas de aberturas de noticiários, como Globo Esporte? Essa é a opção lançada por uma gestora de recursos que promete um retorno líquido de até 8% ao ano.
Para transformar músicas em investimento, a Hurst capital criou dois fundos que compraram percentuais de direitos autorais desses artistas por um determinado período. Durante 78 meses, a cada execução dessas obras - em rádio ou TV, plataformas de streaming ou mesmo em shows ao vivo - uma parte do pagamento é repassada ao cotista do fundo.
"A gente buscou inspiração em plataformas americanas, que vendem músicas em leilões. Aqui, a gente viu a possibilidade de criar um produto de investimento mais acessível a mais pessoas", afirma o CEO da Hurst, Arthur Farache. Segundo ele, o investimento em royalties musicais oferece oportunidade de gerar ganhos financeiros ao aplicador, de um lado, e apoiar a cultura nacional, de outro.
O ex-líder da banda RPM, Paulo Ricardo, diz que a pandemia afetou uma importante fonte de renda de quem depende muito dos shows. "Desde a explosão da pirataria e agora com os aplicativos de música, ficou mais difícil para o artista ganhar com as gravações, já que o suporte do vinil ou CD praticamente não existe mais. Em contrapartida, o direito autoral se valorizou, com as plataformas que ajudaram a aumentar o consumo da música", afirma.
Segundo ele, o adiantamento recebido da plataforma de investimento é uma forma de levantar dinheiro para novos projetos sem perder o direito sobre as obras, que continuam pertencendo aos autores. Isso porque na operação, a Hurst paga por uma cessão desses direitos por um tempo determinado, de 78 meses.
Como funciona o investimento
No caso da aplicação Operação Royalties de Músicas Paulo Ricardo, a Hurst Capital adquiriu os royalties de titularidade referentes aos direitos de obras e fonogramas de 590 músicas, incluindo sucessos como Rádio Pirata, Olhar 43 e Revoluções por Minuto.
Os rendimentos são gerados pelos pagamentos de royalties sobre a cota-parte do músico em direitos de autor e conexos que recaem, respectivamente, sobre a obra (composição) e fonograma (gravação).
Quem arrecada os recursos são as fontes pagadoras - o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), e a sociedade autoral que arrecadam e repassam os royalties das execuções públicas.
A Hurst e seus investidores têm direito aos recebíveis pelo prazo de 78 meses a partir de dezembro/20.
Rendimento: O fluxo de caixa projetado estima uma rentabilidade bruta na faixa de 10% a 16% ao ano.
"Essa taxa interna de retorno depende, única e exclusivamente, do número de reproduções das obras e fonogramas, que impactará diretamente nos valores devidos pelas fontes pagadoras", diz Arthur Farache.
Mais de 5.000 obras
Outro produto que investe em direitos autorais é a Operação Royalties de Músicas, com os direitos aos royalties de obras e fonogramas de mais de 5.200 músicas de titularidade de João Luiz de Avellar, pianista e compositor de trilhas sonoras de telejornais diários em rede nacional, como Jornal Nacional e Globo Esporte, e de músicas de MPB, nas quais ele participou na composição, no arranjo ou na execução de alguns clássicos.
Rendimento: A rentabilidade total da operação é formada pela aquisição de recebíveis de royalties de todo esse acervo. A estimativa é que os pagamentos de royalties gerem um retorno médio bruto de 13,8% ao ano. Descontadas as taxas, o retorno líquido fica na casa de 8%.
A aplicação mínima é de R$ 10 mil nos dois produtos.
Pagamentos e taxas
Os cotistas recebem os rendimentos mensalmente ao longo do período de 78 meses. As taxas cobradas somam 7%.
Os produtos são isentos de Imposto de Renda sobre ganhos de capital até o limite de R$ 35 mil, pagando alíquota de 15% a partir desse teto.
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