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OPINIÃO

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BBB 22: quanto rende o prêmio de R$ 1,5 mi em ações que pagam dividendos?

Rodrigo e Linn da Quebrada estão entre os confinados, que sonham com prêmio milionário - Reprodução/Globoplay
Rodrigo e Linn da Quebrada estão entre os confinados, que sonham com prêmio milionário Imagem: Reprodução/Globoplay

28/01/2022 04h00

O Big Brother Brasil 2022 estreou no dia 17 de janeiro e o público já está ansioso para saber quem será o ganhador ou ganhadora da edição, que levará para casa o prêmio de R$ 1,5 milhão. Mas é possível viver de renda se esse valor for aplicado na Bolsa de Valores?

Leia abaixo e veja o quanto essa conquista milionária renderia em ações das empresas listadas na Bolsa brasileira que mais pagam dividendos (proventos) aos investidores.

Gerdau Metalúrgica (GOAU4): R$ 24.788 por mês

As ações da Gerdau Metalúrgica (GOAU4) estão entre as maiores pagadoras de dividendos aos acionistas nos últimos 12 meses.

Se a empresa continuar nesse ritmo, um investimento inicial de R$ 1,5 milhão renderia R$ 297.450 só em proventos ao longo dos próximos 12 meses. Isso equivale a uma média mensal de R$ 24.788 livres de Imposto de Renda.

É preciso deixar claro, no entanto, que não existe garantia desse rendimento. Isso vale não só para a Gerdau, mas também para todas as empresas desta lista. Afinal, são investimentos de renda variável, com alto risco. Antes de investir, vale verificar se a empresa será capaz de manter esse nível de remuneração ao acionista durante muito tempo.

No caso da Gerdau Metalúrgica, deve-se notar que os proventos distribuídos em 2021 estavam muito acima do habitual. Esse resultado pode ser consequência de algum evento não recorrente.

Copel (CPLE6): R$ 24.563 por mês

Ao investir R$ 1,5 milhão em ações da Companhia Paranaense de Energia —a Copel (CPLE6)—, o retorno em dividendos será de aproximadamente R$ 24,563 por mês, caso a empresa mantenha seu atual ritmo de pagamento de dividendos.

Aqui temos mais um caso de uma distribuição excepcional de proventos em 2021, que ficou em R$ 1,19 por ação. Para você ter uma ideia, na média dos dez anos anteriores o valor não chegou a R$ 0,30 por papel.

Se tiver interesse nessa empresa, procure saber por que ela conseguiu aumentar tanto os dividendos em 2021. Assim, você terá base o suficiente para prever se esse resultado tem chance de se repetir nos próximos anos.

Taesa (TAEE11): R$ 14.925 por mês

Agora chegamos a uma empresa com maior estabilidade no pagamento de proventos. A transmissora de energia elétrica Taesa (TAEE11) tende a pagar em média R$ 14.925 por mês ao longo de 2022, para um investimento inicial de R$ 1,5 milhão —reforçando que caso mantenha o ritmo atual de remuneração aos acionistas.

No caso da Taesa, falamos da empresa com maior consistência no pagamento de dividendos a longo prazo, conforme expliquei em uma coluna anterior.

Para manter a distribuição de um bom nível de dividendos, basta a companhia fazer o que sempre fez. Não há garantia de que ela consiga, mas um histórico de dez anos pagando bons proventos é um ótimo sinal.

Santander (SANB11): R$ 10.013 por mês

O setor bancário, assim como o de energia, também tem distribuído dividendos de forma mais estável.

As ações do Santander (SANB11) dariam um rendimento médio mensal de R$ 10.013 em 2022, para um investimento inicial de R$ 1,5 milhão, se o banco mantiver o mesmo nível de distribuição de proventos dos últimos 12 meses.

Olhando o histórico, vemos que o banco tem remunerado seus acionistas de forma relativamente estável desde 2018, o que é um bom sinal para quem busca segurança.

Banco do Brasil: R$ 8.800 por mês

Para quem busca ainda mais estabilidade no recebimento de dividendos, o Banco do Brasil (BBAS3) tende a atender.

O R$ 1,5 milhão do Big Brother Brasil 2022 renderia em média R$ 8.800 por mês ao longo do ano, caso o banco continue distribuindo proventos no mesmo ritmo do ano passado.

Apesar de o retorno projetado ser bem menor que o das outras ações aqui listadas, ele tende a ser mais previsível também. Desde 2010 o Banco do Brasil tem remunerado seus acionistas de forma consistente.

Mas no mercado é assim mesmo: se você quer segurança, vai ter que se contentar com retornos não tão altos.

Esqueça o preço da ação

Algumas pessoas poderiam perguntar: esses rendimentos incluem a variação do preço da ação? A resposta é "não".

As simulações compartilhadas acima foram pensadas para quem sonha em viver de dividendos. Sendo assim, uma vez que você faz investimento, a variação do preço das ações depois disso pouco importa. O que realmente importa são os fundamentos da empresa e as perspectivas para o setor e para o mercado como um todo.

O preço da ação está o tempo todo subindo e caindo por motivos que, muitas vezes, não têm nenhuma relação com a própria empresa. Este fator só será importante se você pensa em comprar ou em vender a ação.

Dúvidas?

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Sua pergunta pode, ainda, virar tema desta coluna no futuro.

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