Rede D'Or e Ultrapar: como ficam as ações com follow-on e venda
No Investigando o Mercado de hoje, comentamos a possível emissão de ações da Rede D'or, que estuda captar mais R$ 5 bilhões, e a venda da Extrafarma pela Ultrapar (UGPA3) para a Pague Menos (PGMN3).
O UOL Economia tem uma área exclusiva para quem quer investir seu dinheiro de maneira segura e lucrar mais do que com a poupança. Conheça!
Confira a seguir a análise de Felipe Bevilacqua, analista e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e análises de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimentos. Este conteúdo é exclusivo para os leitores de UOL Economia+. Conheça os recursos do serviço de orientação financeira UOL Economia+, para quem quer investir melhor.
Rede D'Or: Follow-on à vista?
No fim de tarde de ontem (18), circulou uma notícia sobre uma possível oferta subsequente de ações da Rede D'Or no valor aproximado de R$ 5 bilhões, dividido entre oferta primária (para o caixa da empresa) e secundária (venda de acionista relevante). A venda secundária seria parte do ciclo de desinvestimento da gestora de private equity Carlyle, uma das gigantes do segmento no mundo, com um montante de R$ 3 bilhões. Uma parte da oferta poderia ser da família Moll, controladora da companhia.
No período pós IPO (abertura de capital), as ações da Rede D'Or saíram de R$ 57,92 para mais de R$ 75 por ação.
Logo após a veiculação da notícia, as ações (RDOR3) despencaram mais de 5%. É um movimento natural num anúncio grande de follow-on. Ele antecipa uma possível queda forte em caso de injeção de grande quantidade de ações no mercado.
Após o fechamento do pregão, a gestão da Rede D'Or confirmou que avalia uma oferta subsequente de ações. Esclareceu, porém, que a questão ainda não foi deliberada pelos órgãos societários competentes. Acreditamos que boa parte do impacto negativo nos preços das ações já tenha sido executado. A notícia, porém, ainda pode pressionar as cotações das ações até que sejam definidos os detalhes do processo.
Considerando os números da possível oferta, a companhia injetaria mais R$ 2 bilhões em caixa, totalizando mais de R$ 15,6 bilhões, montante próximo ao seu endividamento bruto atual de R$ 20,8 bilhões. Isso abriria espaço para acelerar o crescimento, ou até para uma possível aquisição relevante à frente.
Lembrando que a companhia realizou oito aquisições em sete meses, adicionando 1.290 leitos em sua operação. Além disso, aumentou a participação na Qualicorp (QUAL3), atualmente em 22,8%, e retomou parceria com a Amil, uma das maiores operadoras de planos de saúde do país, reforçando a rede de beneficiários com acesso a seus hospitais.
Ultrapar: venda da Extrafarma para a Pague Menos
A Ultrapar anunciou ontem, por meio de fato relevante, a venda da totalidade das ações da Extrafarma para a rede de farmácias Pague Menos. A venda foi acordada em R$ 700 milhões. O pagamento será realizado em três parcelas: 50% na data de fechamento e o restante dividido em dois pagamentos de 25% após um e dois anos, respectivamente.
A venda do ativo é benéfica para ambos: a Ultrapar vem revisando seu portfólio de negócios em busca de investimentos com maior sinergia e complementaridade a Pague Menos amplia sua presença nas regiões Norte e Nordeste, tornando-se a segunda maior rede de farmácias no Brasil em quantidade de lojas.
O preço acordado para o negócio foi relativamente menor que o valor intrínseco da companhia. Mas a Ultrapar queria se desfazer do ativo há algum tempo e a venda permite que o grupo volte suas atenções a setores que agregam ao seu negócio, com foco em derivados de petróleo. Além disso, reforça o caixa da Ultra, reduzindo sua alavancagem.
Dessa forma, acreditamos em impacto positivo no preço das ações da Ultrapar (UGPA3) no curto prazo.
Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.