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ANÁLISE

Azul e XP: ações com potencial que chamam a atenção

Azul: companhia aérea se uniu a arrendadores de aviões para tentar comprar a operação brasileira da Latam - Divulgação
Azul: companhia aérea se uniu a arrendadores de aviões para tentar comprar a operação brasileira da Latam Imagem: Divulgação

Felipe Bevilacqua

27/05/2021 08h40

No Investigando o Mercado de hoje, vamos conversar sobre a estratégia da Azul (AZUL4) para adquirir a operação da Latam no Brasil e sobre os planos de evolução da XP para se tornar um banco completo para seus clientes.

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Confira a seguir a análise de Felipe Bevilacqua, analista e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e análises de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimentos. Este conteúdo é exclusivo para os leitores de UOL Economia+. Conheça os recursos do serviço de orientação financeira UOL Economia+, para quem quer investir melhor.

Azul: estratégia de aquisição da Latam

Com o fim do acordo de compartilhamento de voos (o chamado codeshare) com a Latam Brasil, a Azul contratou consultores para avaliar oportunidades de expansão de seus negócios e abriu negociações com arrendadores de aviões credores da Latam Group, que está em recuperação judicial, para organizar uma estratégia para a compra da subsidiária brasileira.

A Latam Group tem prazo até julho para apresentar seu plano de recuperação judicial em Nova York. A Azul quer participar do processo comprando a operação do Brasil, com o apoio dos arrendadores credores do grupo. Por enquanto, o grupo chileno mostra-se resistente à ideia de vender a operação no Brasil, que representa cerca de 60% dos seus negócios atualmente.

Apesar da resistência, o Latam Group encontra-se fragilizado. Nesse contexto, a estratégia de se aliar aos arrendadores de aviões credores do grupo chileno mostra-se acertada e pode resultar em bons frutos para a Azul. As ações da Azul (AZUL4) despontaram em forte alta após a notícia, encerrando o pregão com variação de 11,31%.

XP lança Pix em sua conta digital

A XP (XP:NASDAQ) anunciou ontem (26) o início da fase beta do Pix para suas contas digitais. Inicialmente, o serviço de pagamentos estará disponível para apenas 2.500 clientes, a maioria com alguma ligação com a companhia, como funcionários e agentes autônomos. O plano é ampliar o serviço a todos os clientes até julho.

Além disso, a companhia pretende lançar uma conta digital aberta ao mercado, isto é, não só para os clientes da corretora, no segundo semestre deste ano. Em linha com a estratégia de seu maior concorrente, o BTG Pactual (BPAC11), que lançou seu banco digital aberto ao público este ano, o BTG+.

Segundo José Berenguer, presidente do Banco XP, o objetivo do lançamento do Pix não é causar impacto direto no lucro da companhia, mas sim ampliar serviços para que o cliente fique dentro do ecossistema digital em desenvolvimento pela companhia.

O pagamento via Pix é importante para que os clientes cortem laços com instituições tradicionais e concentrem a vida financeira na XP. Outro passo importante nessa direção é explorar o mercado de crédito, o que a companhia pretende fazer em um futuro próximo. Atualmente o banco da XP tem cerca de 3 milhões de clientes, a maioria deles ainda com vínculos junto aos bancos mais tradicionais.

Em nossa visão, a notícia mostra que a companhia segue firme em seu plano de expansão. Manter o ritmo de inovação para sustentar o alto crescimento é essencial para a valorização das ações da XP (XP:NASDAQ) no longo prazo.

No curto prazo, acreditamos que a conclusão da cisão entre o banco Itaú (ITUB4) e a XP, que ainda aguarda aprovação de órgãos reguladores no Brasil e nos Estados Unidos, seja o principal catalisador para um aumento no preço das ações.

Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.