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ANÁLISE

Via e Nike: duas ações para prestar atenção hoje

Felipe Bevilacqua

25/06/2021 08h26

No Investigando o Mercado de hoje, vamos conversar sobre o tamanho do e-commerce brasileiro, que passou por uma atualização nas estimativas após a Via (VVAR3) voltar a compartilhar seus dados. Vamos conversar também sobre os resultados divulgados pela Nike (NIKE34).

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Confira a seguir a análise de Felipe Bevilacqua, analista e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e análises de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimentos. Este conteúdo é exclusivo para os leitores de UOL Economia+. Conheça os recursos do serviço de orientação financeira UOL Economia+, para quem quer investir melhor.

Via - participação no comércio eletrônico pode ser maior que o esperado

A Ebit Nielsen, empresa especializada na mensuração e análise do comércio eletrônico brasileiro, divulgou uma revisão do tamanho desse mercado do país. Segundo a empresa, ele é 10% maior do que o estimado anteriormente. A reavaliação foi feita depois que a Via (VVAR3, antiga Via Varejo) voltou a compartilhar dados, algo que não fazia desde janeiro de 2019.

O novo tamanho de mercado estimado pela Ebit é de R$ 95,7 bilhões, ou R$ 8,7 bilhões a mais que os R$ 87 bilhões estimados anteriormente. Esses quase R$ 9 bilhões a mais de receita são atribuíveis à Via.

Dona das Casas Bahia e do Ponto Frio, a Via passou por período delicado nos últimos anos, mas arrumou a casa após uma grande reestruturação bem-sucedida que começou em 2019.

Ainda se acreditava que a empresa estava muito atrás de seus concorrentes na "guerra do e-commerce" brasileiro, principalmente do Magazine Luiza (MGLU3), referência no setor. Os novos dados, porém, mostram que a participação de mercado da Via é maior do que se acreditava, podendo chegar a 21%.

Segundo dados do primeiro trimestre, a Via teve um GMV (Gross Merchandise Volume, ou volume geral de vendas) de R$ 18 bilhões em 2020, que representam 21% do faturamento da nova estimativa da Ebit. Os números não levam em consideração o Mercado Livre (MELI34), que não reporta dados à Ebit.

Esperamos reação positiva nas ações da companhia (VVAR3) no curto prazo. Os dados devem ficar ainda melhores para a empresa. Nos últimos seis trimestres, ela obteve sucessivos crescimentos de vendas acima do esperado graças à melhoria das operações e ao uso da força de suas marcas para aumentar participação de mercado.

Nike (NKE) apresenta resultados fortes

A Nike (NKE) apresentou ontem (24) os resultados do quarto trimestre do ano fiscal de 2021, encerrado em 31 de maio. Os resultados vieram fortes e bem acima das expectativas.

A receita foi de US$ 12,3 bilhões, um crescimento de 96% contra o mesmo período do último ano e 21% a mais que no último trimestre. A margem bruta (extração de resultado dos custos diretos de produção e vendas) foi de 45,8%, 8 pontos percentuais a mais que no último ano.

A margem de lucro antes dos impostos ficou em 15%. No quarto trimestre do ano passado, a margem havia sido negativa. Por fim, o lucro por ação foi de US$ 0,93, revertendo o prejuízo por ação de US$ 0,51 no quarto trimestre de 2020.

Apesar de uma base mais fraca, vemos o resultado da Nike (NKE ou a BDR NIKE34) como forte e bem acima do esperado. As ações devem ter uma sessão de ganhos nesta sexta-feira (25). O forte crescimento de receitas com maior eficiência operacional e margens maiores significa potencial de geração de valor.

A companhia divide suas linhas de negócio por região e subdivide-a por categorias (calçados, equipamentos e vestimenta). Neste trimestre houve forte crescimento nas regiões dos Estados Unidos e Europa. A China desacelerou após um trimestre anterior encorajador.

Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.