Hoje comentaremos a aquisição do Polo Potiguar, da Petrobras, pela 3R Petroleum, e falaremos sobre as vendas recordes da Iguatemi no quarto trimestre de 2021.
Confira a seguir o comentário de Felipe Bevilacqua, analista e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento, sobre essas movimentações. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e avaliações de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimento. Este conteúdo é acessível para os assinantes do UOL. O UOL tem uma área exclusiva para quem quer investir seu dinheiro de maneira segura e lucrar mais do que com a poupança. Conheça!
Petrobras vende Polo Potiguar para a 3R Petroleum
A Petrobras (PETR3/PETR4) anunciou que seu Conselho de Administração aprovou a venda de 100% de seus ativos no Polo Potiguar para a 3R Potiguar, subsidiária da 3R Petroleum (RRRP3). De acordo com comunicado, será pago US$ 1,38 bilhão pela 3R, sendo US$ 110 milhões na data de assinatura do contrato, US$ 1,04 bilhão no fechamento da transação e quatro parcelas anuais de US$ 58,75 milhões a partir de 2024.
O Polo compreende três subpolos que totalizam 22 campos, além de incluir a infraestrutura da operação (processamento, refino, logística, armazenamento, transporte e escoamento de petróleo e gás natural da Bacia Potiguar) e o AIG (Ativo Industrial de Guamaré). Ademais, para o fechamento da transação, certas condições devem ser cumpridas. Entre elas, está a aprovação por parte da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
A aquisição é a maior da história da 3R Petroleum, elevando a companhia para outro patamar tanto em produção como em incremento de reservas. Além disso, a empresa se posiciona como uma das mais relevantes no setor. Desta forma, esperamos uma reação positiva nas ações da companhia no curto prazo.
Por outro lado, em relação à Petrobras, também vemos a transação com bons olhos, com a petroleira vendendo ativos não estratégicos para focar na exploração e produção de petróleo no pré-sal. De quebra, a estatal ainda consegue vender mais uma refinaria.
Iguatemi divulga prévia com vendas recordes
A Iguatemi (IGTI11) apresentou uma prévia de seus principais dados operacionais referentes ao quarto trimestre de 2021. Os números vieram sólidos e em patamares bem acima do observado no pré-pandemia, com destaque para as vendas totais que atingiram R$ 4,7 bilhões no trimestre, recorde para a companhia.
Além disso, as vendas nas mesmas lojas —métrica comumente usada para avaliar o desempenho das lojas existentes— registrou um crescimento de 15% em relação ao quarto trimestre de 2019, reforçando a percepção de recuperação de vendas no setor.
Neste sentido, como principais responsáveis por impulsionar este bom desempenho, verificamos o segmento de vestuário, com lojas de roupas, calçados e artigos de couro avançando em 26,8% na comparação com o quarto trimestre de 2019. Ademais, o segmento de saúde, beleza, e joalherias também contribuiu para o bom desempenho de vedas, crescendo 14,1%.
Acreditamos que os resultados prévios devem impactar positivamente o preço das ações da Iguatemi no curto prazo. Os bons números reforçam a percepção de recuperação do setor de shopping center, com este apresentando alta da taxa de ocupação e conseguindo repassar a alta nos aluguéis para seus lojistas.
É importante destacar a melhora nas operações de entretenimento, advindas da volta da grade de filmes e lançamentos. Apesar de esse segmento não ter avançado em comparação ao quarto trimestre de 2019, este é um dos responsáveis pelo aumento no fluxo de estacionamento e ocupação dos restaurantes e praças de alimentação à noite, de modo que a melhora em suas operações deve se refletir nos próximos resultados da empresa. Por fim, permanecemos positivos às empresas do setor, as quais encontram-se com múltiplos descontados.
Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.
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