Com lucro de R$ 7,3 bi, Itaú supera Bradesco e Santander no 1º trimestre
Hoje comentaremos os resultados do Itaú referentes ao primeiro trimestre de 2022. O maior banco privado da América Latina novamente superou seus principais concorrentes, Bradesco e Santander, em se tratando de lucro líquido.
Confira a seguir o comentário de Rafael Bevilacqua, estrategista-chefe e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento, sobre o tema. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e avaliações de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimento. Este conteúdo é acessível para os assinantes do UOL. O UOL tem uma área exclusiva para quem quer investir seu dinheiro de maneira segura e lucrar mais do que com a poupança. Conheça!
Itaú supera Bradesco e Santander
O Itaú Unibanco (ITUB4) divulgou seus resultados referentes ao primeiro trimestre de 2022 na manhã de segunda-feira (9), antes da abertura dos mercados. Os números do banco vieram sólidos mais uma vez, ligeiramente acima das projeções do mercado.
O lucro líquido da companhia totalizou R$ 7,3 bilhões no trimestre, o que representa um crescimento de 15% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O lucro também superou em 3% o resultado do quarto trimestre do ano passado.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), indicador que mede a capacidade que uma empresa possui de gerar valor a partir de seus próprios recursos, foi de 20,4% no trimestre, uma melhora de dois pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre de 2021 e de 0,20 ponto percentual em comparação com o trimestre imediatamente anterior. Apesar da melhora, o indicador segue abaixo do patamar de 23,7% observado no período anterior à pandemia de covid-19.
A carteira de crédito do banco terminou o trimestre em R$ 1,03 trilhão, crescimento de 13,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
A margem financeira, diferença entre os juros que são cobrados nos empréstimos realizados pelo banco e os juros pagos pelo banco em suas captações, ficou estável em relação ao trimestre anterior e teve alta de 13% em relação ao mesmo trimestre do ano passado, alcançando R$ 21,0 bilhões. O número foi positivamente impactado pelo aumento no volume de crédito e melhora no mix de produtos, mesmo com a queda brusca na margem financeira com o mercado.
A inadimplência acima de 90 dias recuou levemente em relação ao quarto trimestre de 2021, de 2,6% para 2,5%.
As provisões para créditos de liquidação duvidosa (mais conhecida como PDD), por sua vez, tiveram um aumento de 2,5% em relação ao trimestre anterior, atingindo R$ 7 bilhões, contribuindo para o aumento de 12% do custo de crédito no mesmo período.
Por fim, vale comentar que o Iti, banco digital do Itaú, atingiu 16,7 milhões de clientes, com adição de 2,1 milhões apenas no primeiro trimestre. Desses, 85% não possuem contas tradicionais no Itaú.
Em suma, o banco apresentou resultados robustos e em linha com suas projeções mais agressivas para este ano.
Diante da solidez dos números reportados e da boa perspectiva para o ano, projeto impacto positivo nas ações do Itaú no curto prazo.
Na segunda-feira, as ações preferenciais do Itaú fecharam em queda de 1,42%, cotadas a R$ 23,45, em dia de mau humor generalizado nas Bolsas globais.
Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.
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