Logo Pagbenk Seu dinheiro rende mais
Topo

Banco do Brasil supera expectativas e tem lucro recorde no 1º trimestre

Rafael Bevilacqua

13/05/2022 09h21

Hoje comentaremos os resultados do Banco do Brasil referentes ao primeiro trimestre de 2022, quando o banco teve lucro líquido recorde para o intervalo.

Confira a seguir o comentário de Rafael Bevilacqua, estrategista-chefe e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento, sobre o tema. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e avaliações de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimento. Este conteúdo é acessível para os assinantes do UOL. O UOL tem uma área exclusiva para quem quer investir seu dinheiro de maneira segura e lucrar mais do que com a poupança. Conheça!

Banco do Brasil supera expectativas

O Banco do Brasil (BBAS3), a mais antiga instituição financeira brasileira, divulgou seu balanço referente ao primeiro trimestre de 2022 na noite de quarta-feira (11), com números que superaram as já elevadas expectativas do mercado.

O lucro líquido do banco totalizou R$ 6,6 bilhões no período, o que corresponde a um crescimento de 11,5% com relação ao trimestre imediatamente anterior e 34,6% frente ao mesmo período de 2021.

O retorno sobre patrimônio líquido (ROE), indicador que mede a capacidade de uma companhia de gerar valor com base em seus próprios recursos, foi de 17,3% no trimestre, 3,1 pontos percentuais acima do primeiro trimestre do ano passado e 1 ponto percentual acima do trimestre anterior.

O bom resultado de lucro pode ser atribuído principalmente ao forte crescimento da margem financeira líquida, que avançou 14,8% na comparação anual. O banco também mostrou um bom controle de despesas administrativas, que tiveram crescimento de 6%, abaixo da inflação acumulada no período.

As receitas obtidas com prestação de serviços totalizaram R$ 7,5 bilhões, retração de 3,8% na comparação trimestral.

As provisões para devedores duvidosos (PDD) apresentaram forte retração de 27,2% em comparação com o quarto trimestre de 2021, totalizando R$ 2,7 bilhões. Em comparação com o primeiro trimestre do ano passado, entretanto, houve aumento de 9,3%.

A carteira de crédito do banco cresceu 16,42%, atingindo R$ 883,5 bilhões, com destaque para os segmentos de Cartão de Crédito e CDC para Pessoa Física e Micro e Pequenas Empresas e Agronegócio na Pessoa Jurídica.

O banco apresentou evolução na inadimplência para 1,89%, uma ligeira piora de 14 pontos percentuais, porém continua trabalhando com números bem inferiores aos seus pares.

A qualidade da carteira de crédito do banco, seus resultados de Tesouraria, que vão na contramão do que vem sendo apresentado pelos seus concorrentes, e o bom controle em suas despesas foram os destaques do balanço, e possibilitaram um lucro líquido acima das expectativas. Dado as surpresas positivas no resultado e os múltiplos que o banco vem negociando, esperamos uma reação positiva nas ações da companhia no curto prazo.

Na quinta-feira (12), as ações do Banco do Brasil fecharam em alta de 2,54%, cotadas a R$ 35,16.

Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.