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ANÁLISE

Ações da Raia Drogasil sobem após lucro de R$ 343,7 milhões no 2° trimestre

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Imagem: iStock

Rafael Bevilacqua

02/08/2022 09h14

A Raia Drogasil (RADL3), a maior varejista farmacêutica do país, divulgou seus resultados referentes ao segundo trimestre de 2022 na última sexta-feira (29), com números significativamente melhores do que os reportados no trimestre anterior.

Confira a seguir o comentário de Rafael Bevilacqua, estrategista-chefe e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento, sobre o tema. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e avaliações de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimento. Este conteúdo é acessível para os assinantes do UOL. O UOL tem uma área exclusiva para quem quer investir seu dinheiro de maneira segura e lucrar mais do que com a poupança. Conheça!

A melhora se deu em meio ao trimestre que consolidou os reajustes dos medicamentos em 10,9% aprovados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) em 31 de março. Essa medida impactou o resultado da companhia, aliviando suas margens.

A companhia encerrou o segundo trimestre com receita bruta consolidada de R$ 7,64 bilhões, o que corresponde a um crescimento de 22,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A participação dos testes de Covid-19 no crescimento da receita diminuiu, em virtude da menor demanda, representando 0,5% do total. Por outro lado, a demanda por medicamentos contra a gripe aumentou, em razão do início do inverno.

As despesas com vendas totalizaram R$ 1,3 bilhão no trimestre, o equivalente a 18,6% da receita bruta da empresa, valor 1,2 ponto percentual menor do que o observado no trimestre anterior. As despesas gerais e administrativas, por sua vez, totalizaram R$ 260,3 milhões no período.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou R$ 727,5 milhões, com uma margem de 9,5%. Esse patamar representa uma branda elevação de 1,5 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano anterior, porém, na comparação trimestral vemos um salto de 3,9 pontos percentuais. Essa melhora da margem se deve principalmente ao reajuste dos medicamentos em nível superior à inflação.

Por fim, o lucro líquido ajustado totalizou R$ 343,7 milhões, o que corresponde a um crescimento de 48,2% com relação ao lucro do segundo trimestre de 2021.

A Raia Drogasil tem conseguido avanços significativos em suas operações digitais, e melhorou o repasse de custos em meio ao novo reajuste permitido pelo CMED. Além disso, a empresa mantém em curso uma estratégia de expansão, com 51 novas unidades tendo sido inauguradas no segundo trimestre, o qual a empresa terminou com 2.581 unidades em operação.

Vejo com otimismo o cenário do próximo trimestre, com a Raia Drogasil evoluindo em seu plano de expansão e de transformação digital, desenvolvendo uma performance positiva no preço de suas ações. A empresa, que detém 14,4% do mercado de varejo farmacêutico do país, deve ter espaço para aumentar suas margens ao longo dos próximos trimestres.

As ações da Raia Drogasil fecharam em alta de 3,91% na segunda-feira, cotadas a R$ 21,80

Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.