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ANÁLISE

Veja os 20 melhores fundos de ações e multimercado de abril

Confira uma análise completa dos melhores fundos de abril para ficar de olho em maio - Getty Images/iStockphoto
Confira uma análise completa dos melhores fundos de abril para ficar de olho em maio Imagem: Getty Images/iStockphoto

PagBank Investimentos

06/05/2022 12h34

Em um mês ainda marcado pela guerra e contínuos temores com inflação global, se destacaram os fundos com posições relativas e distantes dos principais índices de mercado, que apresentaram forte queda — como o Ibovespa no Brasil e o S&P 500 nos EUA.

Confira abaixo os desdobramentos de abril nos investimentos e quais os 20 melhores fundos de ações e multimercado nesse período —e que são indicados para que o investidor fique de olho em maio.

O mês de abril foi marcado por um cenário global bem desafiador, que vem sendo acentuado pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, trazendo grandes incertezas quanto ao crescimento de economias mundiais e fortes temores sobre a inflação.

No Brasil, o Ibovespa — principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) — quebrou a sequência de altas que vinha acumulando nos últimos três meses, apresentando uma queda de 10,10% em abril, pior resultado desde março de 2020.

Além disso, o Brasil sofreu com uma grande saída no fluxo de capital estrangeiro, fortemente influenciada pelas incertezas quanto à oscilação nos preços das commodities (matérias-primas, como petróleo, minério de ferro, soja, entre outras).

No âmbito internacional, o S&P 500 — principal índice da Bolsa americana — também apresentou uma queda expressiva, encerrando o mês de abril com uma baixa de 8,80% — maior queda em 25 meses e maior baixa nos primeiros quatro meses do ano desde 1932.

Já o dólar, que no mês anterior havia encerrado próximo de R$ 4,74, em abril voltou a subir com as altas incertezas do mercado, fechando o mês em níveis próximos a R$ 4,97 — uma valorização de 4,92%, aproximadamente.

Melhores fundos multimercado

No cenário oposto se destacaram os fundos com posições fora dos principais índices do mercado de ações — seja por terem carregado posições pessimistas ou apostas mais fortes em empresas que se beneficiaram desta situação.

Fonte: Quantum Axis

Furpus Multiestratégia: +5%

Para o Forpus Multiestratégia, fundo que rendeu 5% em abril, o gestor afirma:

"O Forpus Multiestrategia subiu 5,04% em abril contra uma alta de 0,83% do CDI no mesmo período. Os destaques positivos do mês foram posições nos setores de ações e renda fixa. Os destaques negativos foram posições nos setores de moedas e criptoativos.

Acreditamos que os bancos centrais dos países desenvolvidos terão muita dificuldade em elevar os juros reais para patamares neutros sem provocar uma queda violenta nas Bolsas de Valores.

Este cenário pode forçar o Fed (Banco Central americano) a adotar um discurso mais acomodativo em um futuro não muito distante, o que poderia desencadear nova rodada de alta das commodities e da inflação.

Voltamos a aumentar exposição nos setores exportadores da Bolsa brasileira. A carteira de proteções segue comprada em opções de venda nos setores de tecnologia e financeiro nas Bolsas americanas."

Constância Absoluto: +3,9%

Já no caso do Constância Absoluto, fundo que rendeu 3,9% em Abril, o gestor declara:

"O Constância Absoluto é um fundo com posições majoritariamente no mercado de renda variável, mas correndo baixíssimo risco direcional, de forma que a correlação final do fundo com o Índice Bovespa [Ibovespa] é zero.

Temos quatro grupos de estratégias no fundo: long short, arbitragens, eventos e hedges (proteções). A maior alocação é a estratégia long short sistemático, uma carteira de ações com mais de 150 ações compradas e vendidas (short) selecionadas através de modelos quantitativos desenhados para escolher em empresas com certas características, como valor (empresas de avaliação baixa), qualidade e crescimento e ficar vendido em ações que não possuem essas mesmas características

Essa estratégia foi o destaque do resultado em abril e contribuiu com 3,65% de rentabilidade, principalmente pela contribuição das ações com exposições vendidas.

Outra boa contribuição veio das estratégias de proteção (hedge) de carteira, contribuindo com 0,47% de retorno devido as posições em opções de índices internacionais (S&P 500), além de 0,32% de ganhos nas estratégias de eventos.

Veja como a grade de fundos do PagBank pode te ajudar a alcançar seus objetivos

Melhores fundos de ações

Em um mês extremamente difícil para o mercado de ações, em que o Ibovespa caiu mais de 10%, alguns fundos de ações conseguiram gerar resultados positivos em relação ao índice — seja ao cair bem menos, gerando resultado relativo positivo, ou entregando resultados nominais positivos.

Trígono Delphos: +3,5%

Os gestores do Trígono Delphos, fundo que fechou o mês com retorno de 3,5% dizem:

O fundo tem como objetivo investir em empresas que possuem histórico de boas pagadoras de dividendos e perspectivas de manter tal característica, sustentadas por uma forte geração de caixa e elevada relação de dividendos sobre o lucro líquido (payout).

Em 2021, o fundo apresentou um yield (distribuição das empresas do portfólio) de 12,1%, demonstrando que cumpre com seus objetivos.

No momento o fundo está prioritariamente alocado em small caps (empresas com menor capitalização), mas não se limita à natureza do tamanho ou capitalização das empresas, mas aos objetivos de longo prazo do fundo.

O Delphos tem como característica não se referenciar no índice para compor sua carteira, já que o Idiv [Índice Dividendos] segue principalmente o histórico, além de atribuir peso à liquidez e capitalização das empresas que compõem o índice.

Como em todos os seus fundos, a Trígono não leva em consideração a composição dos índices e segue a filosofia de concentrar suas carteiras nas empresas em que possui grande convicção e atendam os critérios objetivos de cada fundo.

Dessa forma, no final de abril 87% da carteira estava concentrada em seis empresas, e quatro setores representavam 87% do portfólio —sendo eles o industrial (bens de capital e componentes para a indústria automotiva pesada), agronegócio (silos, armazéns, açúcar, etanol e energia de biomassa), químico (cadeia clorossoda-PVC e insumos para pigmentos), e mineração e metalurgia.

Em abril, o fundo teve um desempenho positivo de 3,6%, ante uma desvalorização de 5,2% do Idiv —acumulando ganho de 13,7% em 12 meses, ante 3,8% do Idiv e 165% desde seu início em abril de 2018, contra 57% do Idiv.

Setorialmente, as maiores contribuições em abril foram a indústria e o agronegócio. Tais setores estão intimamente ligados ao excelente momento do agronegócio brasileiro, tanto em relação a preços como em volumes, cabendo ao setor industrial atender os segmentos de caminhões, máquinas agrícolas e equipamentos voltados à infraestrutura e mineração.

Individualmente as empresas que mais contribuíram para o desempenho positivo em abril foram a Tupy, Metal Leve e Kepler Weber.

A Tupy anunciou a proposta de aquisição da fabricante de motores MWM, enquanto a Metal Leve anunciou dividendos que correspondem a mais de 13% de dividend yield (dividendos em relação ao preço da ação), que tradicionalmente representa um payout de 100% (deduzido 5% de reserva legal), e o melhor ano de sua história, mesmo com todos os entraves sofridos pela indústria automobilística, onde está inserida.

Já a Kepler Weber anunciou resultados do primeiro trimestre com as maiores margens de sua história e apontando para um excelente ano, além das perspectivas de longo prazo amplamente favoráveis devido ao déficit de quase 100 milhões de toneladas de armazenagem de grãos no Brasil e rota de crescimento do país, como principal contribuidora mundial para produção de alimentos, segundo a OMC - Organização Mundial do Comércio e FAO (órgão da ONU para assuntos ligados à alimentação).

Kepler Werber proporcionou uma remuneração de 37,5% aos seus acionistas em 2021, considerando a redução de capital de R$ 278 milhões e R$ 97 milhões de dividendos e JCP (R$ 375 mil, sobre o valor de mercado de R$ 1 bilhão ao final de 2020."

RBR Reits: +2,2%

Já para os gestores do RBR Reits, fundo que rendeu 2,2% no mês, os gestores afirmam:

"Em abril, os resultados do primeiro trimestre da indústria de REITs (Real Estate Investment Trusts, companhias imobiliárias listadas no mercado americano) começaram a ser divulgados, com destaque para o desempenho de Prologis, maior REIT do mercado e que atua globalmente na indústria de galpões logísticos.

A companhia abriu a temporada de balanços com números operacionais bastante positivos, atingindo máximas históricas de ocupação e receita.

Além dela, outros REITs que já reportaram seus resultados até o fechamento do mês também apresentaram números melhores que as expectativas de mercado e, inclusive, elevaram as projeções de resultado para o ano.

Ao final do mês, mais de 40 resultados foram divulgados, dos quais 75% tiveram guidance (tendência) de crescimento elevado para 2022.

No mês, o fundo teve rentabilidade de 2,19%, sendo o setor de hotéis o que melhor performou no portfólio no período. O setor ficou para trás em 2021 e vem apresentando indicadores importantes de retomada com o arrefecimento da pandemia, impulsionado pela demanda reprimida por viagens, principalmente com foco em lazer.

Pelo lado macroeconômico, o cenário de incertezas quanto aos níveis de inflação e juros nos EUA tem pressionado os preços no mercado secundário, refletindo em uma queda do índice RMZ (referência da indústria) no mês de 4,56%.

Neste momento, o fundo se encontra com uma posição de caixa maior do que a média histórica e busca navegar este período com maior liquidez e postura mais defensiva, importante para possibilitar alocações em eventuais momentos de estresse de mercado."

Conheça aqui os fundos disponíveis do PagBank

Os fundos foram classificados utilizando dados de mercado fornecidos pela Quantum Finance e foram considerados fundos para investidores em geral de gestão ativa com mais de R$ 50 milhões de patrimônio líquido, investimento mínimo até R$ 5.000 e mais de 500 cotistas.

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