No início do ano todo mundo fica empolgado. Ganhamos 365 novos dias e, de imediato, começamos a sonhar, fazer planos e estabelecer metas. Cuidar da alimentação, fazer exercício físico, ler mais, viajar... Seja o que for, "nesse ano vai!"
A determinação é a capacidade de focar esforços em prol de um objetivo. Aqui, vale diferenciar objetivo e meta. Objetivo é aquilo que você pretende alcançar. Já a meta se refere às atividades específicas que vão te levar a atingir determinado objetivo. É aquela imagem da escada: Cada degrau é uma meta que te levará ao objetivo de estar lá em cima da escada.
Cada degrau tem a sua importância e, de um em um, você vai subindo. Dá para ser de dois em dois? Até é possível, porém o risco de perder o equilíbrio ou ficar mais cansado precisa ser considerado. Então, estipular metas realistas e acompanhá-las é imprescindível.
Veja se sua meta é viável: O que ocorre com a maioria das pessoas é que elas, alegres e empolgadas com o início do ano, estabelecem metas ambiciosas demais e incompatíveis com as suas possibilidades reais.
Vamos usar de exemplo uma pessoa que tem como objetivo comprar uma casa, mas ainda não tem qualquer dinheiro guardado. No brinde do Réveillon, ela promete que irá começar a trabalhar neste projeto de longo prazo.
Decidida, no começo de janeiro ela vai buscar na internet dicas de como se organizar para isso. Ela encontra a recomendação de que precisa guardar mensalmente 20% do seu salário. Ou seja, para uma pessoa que tem o salário de R$ 4.000, representa guardar R$ 800 por mês. Seria fácil para ela reduzir seus custos mensais para R$ 3.200?
Reservar 20% do salário é uma meta realmente inspiradora, mas, para este caso, exigiria uma mudança de rotina gigante para uma pessoa que até hoje não conseguiu reservar qualquer valor.
Diante desse desafio, o comportamento adotado, então, é chamado pela psicologia comportamental de "gatilho do tudo ou nada". A pessoa percebe que aquela meta é dificílima para ela e, conscientemente ou não, registra a informação de que aquele objetivo será impossível de ser conquistado.
Os sentimentos são de desânimo e tristeza. Entendendo não ser possível, a pessoa gasta todo o seu dinheiro e não poupa nada. No próximo Réveillon, como uma reprise de novela, toda essa história tenderá se repetir.
Ter algum dinheiro guardado serve para muito além de comprar uma casa ou qualquer outra coisa. Serve para trazer tranquilidade, conforto, liberdade para a pessoa. Serve para elevar a autoestima e a autoconfiança, para mostrar que é capaz de dominar suas finanças.
Mas como quebrar esse ciclo? A resposta é muito mais simples do que o problema: Autorrespeito! Adotar metas que façam algum sentido para você, metas que respeitem a sua realidade e, assim sendo, te deem motivação. Essa é a energia correta para conquistar objetivos. E quanto mais próximos deles estivermos, mais motivados ficaremos.
Então, é importante traçar metas reais no seu contexto de vida e que possam ser estáveis ao longo do tempo. Isso vai deixar você mais engajado, reforçando sentimentos de autoestima e satisfação pessoal.
Na prática, guarde um pouquinho de dinheiro recorrentemente. Começar com pouco lhe dará fôlego. Além disso, reduzirá a necessidade daquele dinheiro guardado, fazendo com que você não queira abrir mão dele.
Quando a gente começa a guardar dinheiro, vai criando apego a ele e vai se sentindo satisfeito consigo mesmo: "É meu, olha só é possível. Está aumentando!" E então, este pouquinho, por menor que seja, será uma espécie de imã para mais dinheiro.
Desejo que no próximo Réveillon você tenha novos sonhos e metas, porque os de 2023 já estarão realizados.
O UOL Economia é de propriedade do Universo Online S.A., sociedade que controla as empresas do Grupo UOL. O Grupo UOL tem em sua composição empresas que exercem atividades reguladas no setor financeiro. Apesar de o Grupo UOL estar sob controle comum, os executivos responsáveis pelo Banco Seguro S.A. são totalmente independentes e as notícias, matérias e opiniões veiculadas no portal tem como único objetivo fornecer ao público elementos a título educacional e informativo sobre o mercado e produtos financeiros, sendo baseadas em dados de conhecimento público na data de sua divulgação, conforme fontes devidamente indicadas, e condições mercadológicas externas ao Grupo UOL que podem ser alteradas a qualquer momento, mas sem constituir qualquer tipo de relatório de análise, recomendação, oferta ou solicitação de compra e/ou venda de qualquer produto.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.