Onde aplicar R$ 200 mil por um ano, mas sem pagar muito imposto?
Você tem uma bolada de R$ 200 mil para investir no curto prazo, mas tem certeza de uma coisa: não quer pagar muito imposto nessa aplicação. Onde colocar o seu dinheiro? No Papo com Especialista, programa ao vivo do UOL, o economista César Esperandio diz que, em alguns investimentos de renda fixa, há isenção de Imposto de Renda.
"Mas, para outras aplicações em renda fixa, há uma tabela regressiva de alíquotas de Imposto de Renda", afirmou ele, que explica no vídeo como isso funciona.
Leia a explicação dele e assista abaixo ao trecho do programa do dia 10 de fevereiro. O Papo com Especialista é um tira-dúvidas sobre investimentos exclusivo para assinantes e é transmitido quinzenalmente, às quintas-feiras, das 15h às 16h.
Tesouro Selic para a reserva de emergência
Esperandio diz que, para quem nunca investiu e está começando agora, vale começar pela renda fixa.
"Não é recomendável colocar tudo num investimento só. Mas, se você quiser colocar toda a sua grana em uma única aplicação, o mais indicado é o Tesouro Selic", disse.
É o investimento mais seguro do Brasil. "Serve para a reserva de emergência justamente por ser seguro e ter outras características, como previsibilidade da rentabilidade e liquidez diária, com possibilidade de prejuízo ao resgatar antes muito próxima a zero", afirmou ele, que também é do canal Econoweek.
Diversificar os investimentos é o ideal
O economista diz que o ideal é diversificar os investimentos. Após montar sua reserva de emergência (o montante deve ser equivalente a de 6 a 12 vezes os seus gastos médios mensais), dá para você diversificar em outras aplicações de renda fixa, seja em títulos públicos (do Tesouro Direto) e em títulos da renda fixa privada (CDB, LCA e LCI, entre outros).
Precisa ter estratégia alinhada a seus propósitos
"Mas é preciso ter uma estratégia de investimentos, sempre alinhada a seus objetivos e prazos", declarou Esperandio.
Segundo ele, não adianta, por exemplo, você aplicar o dinheiro em um título que vence em 2045, já sabendo que vai precisar do dinheiro antes desse prazo.
"Por isso a importância de sempre conciliar objetivos e prazos para o resgate dessa grana. Assim, você vai escalando no tempo as suas aplicações, buscando sempre as melhores rentabilidades, alinhadas a seus propósitos", afirmou.
Renda fixa tem tabela regressiva de IR
Esperandio diz que, para pessoa física, há isenção de Imposto de Renda sobre a rentabilidade de alguns investimentos, como poupança, LCI (Letras de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio).
"Mas esse não deve ser um critério para você investir. LCI e LCA são isentas de Imposto de Renda, mas também têm rentabilidades menores", explicou.
Importante destacar que o Imposto de Renda incide apenas sobre a rentabilidade. Por exemplo: uma aplicação de R$ 1.000 que rendeu R$ 100, o IR vai incidir sobre os R$ 100, e não sobre os R$ 1.100.
Na renda fixa, as alíquotas de IR seguem uma tabela regressiva:
- - Até 180 dias: alíquota de 22,5% sobre a rentabilidade
- - De 181 a 360 dias: alíquota de 20% sobre a rentabilidade
- - De 361 a 720 dias: alíquota de 17,5% sobre a rentabilidade
- - Acima de 721 dias: alíquota de 15% sobre a rentabilidade
"Via de regra, isso é pensado para estimular o investidor a deixar a grana aplicada por mais tempo. Assim, você paga menos Imposto de Renda e sua rentabilidade aumenta", afirmou.
Papo com Especialista é quinzenal
O programa Papo com Especialista é transmitido às quintas-feiras, quinzenalmente, das 15h às 16h, na página inicial do UOL, no UOL Economia e no UOL Investimentos, e é exclusivo para assinantes. Reveja programas anteriores aqui.
Você pode enviar perguntas ao Papo pelo e-mail uoleconomiafinancas@uol.com.br —elas podem ser respondidas no programa.
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