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WEG, Magalu: vale investir em empresas que são fábricas de bilionários?

Empresas como WEG, Itaúsa e Magazine Luiza produziram bilionários neste ano; vale investir nelas? - Getty Images
Empresas como WEG, Itaúsa e Magazine Luiza produziram bilionários neste ano; vale investir nelas? Imagem: Getty Images

Fernando Barbosa

Colaboração para o UOL, em São Paulo

27/09/2022 04h00

No início de setembro, a revista Forbes divulgou o seu tradicional ranking de bilionários. São nomes de empreendedores como Jorge Paulo Lemann, Eduardo Saverin e Marcel Herrmann Telles. Do outro lado, há também o ranking das empresas que mais produziram bilionários em 2022, o que inclui WEG, Itaúsa, Magazine Luiza e BTG Pactual.

Apesar da grande diferença entre acionistas minoritários e sócios majoritários, as empresas chamam a atenção pelas atuações relevantes em seus respectivos setores. Sócios majoritários são aqueles que detêm grandes fatias das empresas, podem controlar suas decisões, entre outras vantagens. Já acionistas minoritários são todos os que possuem ações das empresas negociadas em Bolsa.

Para o investidor comum, há duas formas de ganhar com ações: com a venda das ações com lucro depois da valorização dos papéis e o pagamento de dividendos, que é quando a empresa distribui parte do seu lucro para todos os acionistas. Vale lembrar que os investimentos em ações possuem riscos maiores de perder dinheiro com a queda da Bolsa.

Mas será que vale a pena comprar ações das empresas que são fábricas de bilionários?

Veja a opinião de analistas consultados pelo UOL.

As 10 empresas que mais geraram bilionários em 2022, segundo a Forbes:

  1. WEG (motores elétricos)
  2. Itaúsa (holding de investimentos)
  3. Magazine Luiza (varejista)
  4. Rede D'Or (rede de hospitais)
  5. BTG Pactual (banco de investimentos)
  6. CRR (concessão de infraestrutura)
  7. M. Dias Branco (indústria de alimentos)
  8. Suzano (papel e celulose)
  9. Votorantim (siderurgia)
  10. Amaggi (produção de alimentos)

Quais são os melhores papéis? Para os analistas, WEG, Itaúsa, Suzano, BTG e Rede D´or são ações que podem dar um retorno maior para o seu dinheiro no curto e médio prazo.

WEG: O economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, diz a WEG, companhia que mais gerou bilionários ao longo do ano, tem um grande mercado potencial com o processo de eletrificação de veículos no mundo.

No segundo trimestre, a WEG viu um crescimento de 25% na sua receita operacional líquida, para R$ 7,1 bilhões. Por outro lado, registrou queda de 9,8% do seu Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), para R$ 1,2 bilhão, e de 19,5% no lucro líquido, R$ 912,9 milhões.

Itaúsa: Historicamente, o setor bancário sempre foi visto como mais seguro e um bom pagador de dividendos. E, das empresas listadas nesse setor, a Itaúsa é a que mais se destaca, afirma o assessor de investimentos da SVN Investimentos, Pedro Queiroz.

Nos três meses encerrados em junho de 2022, a companhia teve queda de 12,5% no lucro líquido, para R$ 3,07 bilhões. Ainda assim, o resultado no acumulado do primeiro trimestre deste ano foi 18,8% ante o mesmo período do ano passado.

Para Queiroz, os bancos, até os mais antigos, acabam trazendo uma boa performance para a carteira. A margem de segurança do investimento é interessante, diz ele, citando, além da Itaúsa, Itaú, Bradesco e Banco do Brasil.

Suzano: O mercado de celulose operou com fortes resultados durante a pandemia, enquanto muitos setores estavam mal, diz o analista de research da Ativa Investimentos, Ilan Arbetman. Os preços altos da matéria-prima se mantêm até hoje.

A empresa fez a compra da Fibria (gigante do mercado de celulose), finalizada em 2019. Ela também reduziu fortemente suas dívidas e pode pensar mais nas estratégias para o futuro, afirma Arbetman.

O Projeto Cerrado trata-se da construção da maior fábrica de celulose em linha única do mundo, com capacidade para produzir 2,55 milhões de toneladas de celulose de eucalipto por ano, em Ribas do Rio Pardo (MS). O investimento total foi de R$ 19,3 bilhões.

O analista da casa de análise Inv, João Abdouni, diz que, no longo prazo, o segmento de celulose também seguirá tendo demanda elevada, com empresas brasileiras se destacando.

BTG Pactual: Segundo Abdouni, da Inv, no curto e médio prazo, o setor de bancos está com bons resultados e lucros e se sobressai às fintechs. Além disso, ele entende que o BTG possui um bom potencial de crescimento.

No segundo trimestre deste ano, a receita do BTG cresceu ligeiros 3,7%, para R$ 4,5 bilhões. No mesmo período, o lucro líquido subiu 6,3%, para R$ 2,06 bilhões. Já na comparação entre o primeiro semestre de 2022 e os primeiros seis meses do ano passado, a receita observou alta de 35%, para R$ 8,86 bilhões, e aumento de 40,4% no lucro líquido, para mais de R$ 4 bilhões.

Fabrizio Velloni, da Frente Corretora, entende que o setor bancário vai continuar pagando bons dividendos aos investidores.

Rede D'Or: O economista-chefe da Frente Corretora diz que a Rede D'or é uma companhia interessante por conta do seu contínuo processo de expansão no mercado hospitalar brasileiro. Além disso, o preço está abaixo do que vale, afirma Velloni.

Presente em 12 estados, a empresa tinha na sua operação 68 hospitais e 11.046 leitos até 30 de junho de 2022. Nos três meses encerrados em junho, a receita bruta somou expansão de 11,1%, para R$ 6,5 bilhões, mesmo patamar da receita líquida, que chegou a R$ 5,7 bilhões.

Entretanto, o custo dos serviços prestados pela Rede D'or aumentou 13%, para R$ 4,42 bilhões, e lucro líquido da caiu 25%, para R$ 358,4 milhões. Em fevereiro, a empresa fechou a compra da SulAmerica e mantém a estratégia de aquisições para os próximos meses.

Quais setores devem ser evitados?

Por conta da guerra no Leste Europeu e da inflação ainda elevada no Brasil (embora em queda, depois da segunda deflação mensal consecutiva em agosto), os setores de alimentos e varejo, que dependem mais da atividade econômica interna, são vistos como os mais sensíveis pelos especialistas.

Além disso, pesa também o fato de os juros no Brasil estarem em patamares elevados. Na última quarta-feira (21), o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu pela manutenção da Selic em 13,75% ao ano, o que ajuda a frear a inflação, mas tende a desincentivar o consumo.

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Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.