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ANÁLISE

No vermelho? Conheça os vilões do orçamento e saiba como pagar as dívidas

Rotativo do cartão, dívidas com bancos, empréstimos: veja como começar a pagar tudo isso - Doucefleur/iStock
Rotativo do cartão, dívidas com bancos, empréstimos: veja como começar a pagar tudo isso Imagem: Doucefleur/iStock

Colaboração para o UOL, em São Paulo

01/12/2022 04h00

Muitos brasileiros estão endividados, sem conseguir pagar as contas básicas. Em outubro, a inadimplência atingiu 30,3% das famílias. Por que as pessoas estão cada vez mais enroladas com contas atrasadas e dívidas?

No Papo com Especialista, programa ao vivo do UOL, a planejadora financeira Lueny Santos fala sobre estratégias de como lidar com as dívidas e se organizar financeiramente para mudar esse cenário.

"O cartão de crédito continua sendo o principal tipo de dívida desses inadimplentes. O cartão de crédito era usado para compras supérfluas, maiores, viagens, mas isso mudou. De uma forma geral, o brasileiro perdeu o poder de compra e passou a usar o cartão de crédito para itens básicos, como alimentação, transporte, medicamentos", diz.

Leia abaixo a análise da planejadora financeira e assista ao programa completo do dia 17 de novembro, que é um tira-dúvidas sobre investimentos exclusivo para assinantes e transmitido semanalmente, às quintas-feiras, das 16h às 17h.

Para também ter sua dúvida respondida no programa, envie sua questão para o Papo pelo email uoleconomiafinancas@uol.com.br.

Como sair do rotativo do cartão de crédito?

Lueny diz que o cartão de crédito é a maior dívida do mercado, com juros que podem chegar a 400% ao ano. Segundo ela, para você poder sair dessa situação, o primeiro ponto é olhar para o seu orçamento financeiro, para quanto você ganha e quanto gasta.

"Entenda o que é possível cortar e defina as metas dos gastos variáveis, para você conseguir fazer o fluxo financeiro fechar no positivo. Depois desse ajuste, sobrando dinheiro, você começa a adiantar as parcelas do cartão", afirma.

Vale adiantar as parcelas? Atenção: a planejadora financeira diz que não adianta antecipar as parcelas se você não consegue fechar o restante do fluxo. "Dá um passinho para trás, olha para o seu fluxo mensal, ajuste a estratégia para sobrar dinheiro e poder ir quitando a dívida do cartão de crédito. E pare de usar o cartão de crédito", afirma.

Segundo ela, muitas pessoas se endividam com o cartão de crédito, mas não param de usá-lo. "Se você não tem controle no cartão de crédito, precisa parar de usá-lo, pois você pode piorar a situação."

Como renegociar as dívidas com o banco?

O primeiro passo é saber quanto você pode pagar da dívida, para ter esse poder de negociação, segundo a planejadora financeira. "Você precisa ver se a parcela do refinanciamento da dívida cabe no seu orçamento", afirma.

É possível ter desconto? Lueny diz que sim. "Hoje os descontos para pagamentos à vista diminuíram, mas de uma forma geral você consegue um poder de barganha maior", afirma. Vale consultar o seu banco

Ela diz que, geralmente, os saldões "limpa nome" têm descontos interessantes. "Mas tem muita gente que fica esperando esse momento para poder quitar a dívida, porém, não junta dinheiro. Então a estratégia não acontece no final. Para conseguir ter o desconto, você precisa ter o mínimo de planejamento", afirma.

Para Lueny, vale aproveitar o 13º ou alguma renda extra que você vai receber para pagar uma dívida ou amortizar um empréstimo, por exemplo.

Como diminuir a dívida de financiamentos do carro ou do imóvel?

Lueny diz que a negociação da dívida pode ser feita diretamente com a financiadora. "Uma das formas para diminuir a dívida é fazer amortização, quitando algumas parcelas", afirma.

Para ela, vale fazer uma "força-tarefa" em seu orçamento, reduzindo e cortando gastos, para poder juntar dinheiro e conseguir pagar ou diminuir a dívida.

Empréstimo: Lueny diz que, em caso de empréstimos, uma boa estratégia é trocar a dívida cara por uma mais barata, não deixando de analisar, antes, as condições que você está contratando.

"Nessa troca, você vai mudar o valor da parcela. Então, vale traçar uma estratégia de guardar a diferença das parcelas para quitar o empréstimo mais rapidamente", afirma.

Endividamento x investimentos

Para a planejadora financeira, se você estiver endividado, não adianta olhar para os investimentos. Ela diz que as taxas de juros são muito maiores que a rentabilidade dos investimentos.

"Essas duas áreas não conseguem conversar entre si. São cenários totalmente opostos. Em um, você está pagando juros para bancos e instituições financeiras. Em outro, você está colocando o dinheiro para trabalhar a seu favor", declara.

Ou seja, primeiro você deve quitar suas dívidas para, depois, pensar em investir.

Papo com Especialista é semanal

O programa Papo com Especialista é transmitido às quintas-feiras, semanalmente, das 16h às 17h, na página inicial do UOL, no UOL Economia e no UOL Investimentos, e é exclusivo para assinantes. Reveja programas anteriores aqui.

Você pode enviar perguntas ao Papo pelo email uoleconomiafinancas@uol.com.br —elas podem ser respondidas no programa.

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